Le Capa * 252

Pelo Colectivo SuperGorrila

Le Entrevista ao Colectivo Super Gorrila por Rafa

Resume-me a vossa tribo, de onde vêm e para onde vão. Vocês, eles e elas e o colectivo.

Antes de mais, no Coletivo Super Gorrila existem o Jorge, o Jorge, o Jorge, o Jorge, o Jorge, o Jorge e ainda o Jorge mas também podia ser Maria.. Não existe princípio nem fim, mas um meio fora de prazo, a nossa origem é assumidamente megalómana auto-gerada e sem necessidade de convite formal, disseminamos a nossa criatividade pelas claras em castelo e pelas mais diversas áreas de intervenção artística.

Lisboa vai-vos entrando no coração ou é um belo playground para fermentar e colocar em prática as vossas ideias?

Lisboa é apenas Lisboa, Lisboa como Fânzeres ou Freixo de Espada à Cinta, Lisboa como qualquer playground, um jardim zoológico rico e diverso onde largamos sementes de vírus e bananas incontroláveis como aliás, fazemos pelos caminhos de Portugal. Lisboa é romântica, dizem. Lisboa é o centro das operações, dizem. Lisboa é linda e antiga, dizem. Deixem-nos dizer o que quiserem pois o que dizem são pérolas a macacos.

Le Entrevista ao Colectivo Super Gorrila por Rafa

Macacos há muitos mas Gorrilas quase nenhuns, Gorrila de: guerrila pop, urbana, pluri-disciplinar, de consumo rápido e digestão lenta, anti-anti-ácida para os que comem tudo e não deixam nada. Spum contra a parede.

Temos instinto viral
. Qualquer vírus começa por se alojar num ponto onde irá então reorganizar-se. Num segundo momento revela-se sempre em confronto com o meio; surge nos sistemas de informação do organismo; está a obrar; o avanço é claro, o confronto necessário. As primeiras forças a chegar , que na realidade são a sua primeira vitima e estimulam ainda mais o intruso, como parte do alimento, tornar-se-ão parte dele mesmo. Os sobreviventes ao primeiro impacto, tentam afastar-se para se reorganizar, mas já contaminados, acabam por incitar outros a dirigir-se ao epicentro. E assim sucessivamente por Lx e pelo mundo.

Le Editorial * 252 por Rafa

Pequeno(s)-Almoço(s)

Todo o processo de pequenalmoçar é uma arte, detalhada e cheia de maneirismos de gosto, de atenção, de delicadeza. É um micro-universo, um próprio universo, um mundo, um pequeno mundo, uma arte. Um gosto.

E é toda a arte envolvida em tomar o Pequeno-Almoço, de com quem, de como e de onde o tomar ou ainda de o tomar de todo. Acordar cedo e pequeno almoçar então. Adiar o acordar e chamar-lhe de brunch - ou passar a vez e então é lanche. Ou desencontrar as horas - virando-as do avesso, colando noite com dia ao revés e tomar o pequeno-almoço como se fora ceia. Continental, inglês, de cereais, com fruta, com sumo natural, vestido ou nu ou nus.

Sê criativo, faz uma sessão fotográfica durante o teu pequeno-almoço, toma-o na praia ou no cacilheiro, degusta-o enquanto nasce o sol ou então enquanto este decai no firmamento. Toma-o magicamente com aquela companhia com quem passaste a noite. Toma-o numa praça, instala-te de toalha aos quadrados e barra tostas com manteiga no Rossio. São as pararefeições numa cidade perto de ti. Cria. Ocupa. Se é algo que é necessário - se é algo com o qual não passamos - porque não diversificar recriar e criar novas maneiras de pequeno-almoçar?

René  ,  Miguel  e  Rafa  pequenoalmoçam todos os dias pelo menos uma vez! Passa esta colher de chá!  

Le Entrevista a Vanessa Teodoro por Mami

Teodoro perguntou a Vanessa: «Vamos nessa?» e ela com o seu ar de desenho animado, aceitou. Foi então que apareceu (drum roll) Vanessa Teodoro. Assino os meus desenhos como Van. O Super veio depois quando comecei a ver que isto de querer ser ilustradora nos tempos de hoje é obra apenas para os mais persistentes. Todos os dias são desafios, salvar capas de revistas em perigo, campanhas publicitárias a pedir auxílio… Na vida real sou uma miúda que andou pela publicidade, design gráfico e mais agora do que nunca, na ilustração.

Podem ter visto meu trabalho a correr freneticamente e como se não houvesse amanhã por aí: Vodafone, TMN, EDP, Maria Clementina, B!, Playboy, Music Box, Pampero.. Como é que vim parar a esta bela cidade, perguntam vocês. Ora beem antes do Mundial de futebol na África do Sul os meus pais decidiram fazer o seu próprio jogo no ...piiiiiiii e foi assim que nasci! Na linda Cidade do Cabo. Depois a malta fartou-se de celebrar o Natal no Verão e foi assim que viemos todos contentes para Lisboa!

Agora só me falta conhecer e adorar as outras 33987 cidades do Mundo! Quem alinha?

Le Editorial * 251 por Rafa

Voltei Voltei

Parece-me que tudo é feito de contrastes, não a tomo como verdade absoluta de vida - mas que é uma bela e a espaços verdadeira filosofia essa é que é essa. Se não com se explica a LeCool coexistir com as férias mas desencontradas? É por a LeCool tirar férias em Agosto que Agosto é mês de férias e não o contrário - as brumas do tempo esfumam o que é o quê.

Voltamos de férias, voltámos de lá, mais relaxados e chapados de descanso de praia e marés, afogueados e médio-bronzeados de sol de tarde e de brilho de noite e ainda com o toque esfoliante de areia do Amado, da Costa, da Barreta, do Carvalhal e da Praia do Etecetera, voltámos em força e em carga sobre a nossa amada Lisboa para te dar de bandeja, apregoando qual varina alfamista:

Olháa LeCool fresquinh' ó freguesaa!

René , Miguel , e Rafa voltaram feitos tições, corados tisnados de sol e de praia! Passa a LeCool a quem merece!

Le Artista da Capa * 251, Super Gorrila

O Colectivo Super Gorrila tem vindo a crescer desde a sua formação em Fevereiro de 2009 e é actualmente constituído por sete elementos (neste mês de Agosto convidámos mais duas pessoas a fazer parte deste Colectivo), que exploram e partilham conhecimentos entre si em áreas como o Desenho, Ilustração, Teatro, Animação, Design, Musica, Cenografia, Performance, Cerâmica e nas Artes Plásticas. 

O pluridisciplinar é de facto algo que alimenta o processo criativo deste Colectivo e cada um dos projectos é discutido em grupo até se encontrar a "forma ideal" de apresentação. Não existe um núcleo predefinido de ideias ou um foco conceptual dentro do Colectivo a não ser a vontade de criar e apresentar coisas, independentemente se essas acções acontecem na rua, no museu ou na sala de jantar de alguém. Viral, urbana, incógnita, dissimulada ou rompendo o quotidiano social, a presença Super Gorrila tem-se pontuado um pouco por toda a parte.


Para apresentar os Super Gorrila é necessário fazer uma “colagem” de estilos e linguagens díspares que englobem o individual com a expressão colectiva. Para esta capa, todos foram solicitados a enviar textos, imagens, desenhos para de alguma forma incluir na imagem final um pouco de cada um e, conseguir transmitir também o universo Gorrílico; caótico, mordaz, plural, condimentado e comunicativo.

Os membros do Colectivo encontram-se actualmente a residir entre Porto, Lisboa e Caldas da Rainha, sendo esta última o denominador comum entre todos e a presente morada da sua sede. A primeira grande apresentação Super Gorrila, foi em Lisboa no evento “Le Coq Tuguese” em Outubro de 2009 o que permitiu ao Colectivo trabalhar conceitos mais abrangentes de forma a interagir com públicos diversificados e multiculturais que a capital oferece e promove.

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* Originalmente publicado a 2 de Setembro de 2010, na Le Cool Lisboa * 251

Le Capa * 251

pelo Colectivo Super Gorrila

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* Originalmente publicado a 2 de Setembro de 2010, na Le Cool Lisboa * 251