Le Artista da Capa * 346, Inês Cóias

Nasceu e vive em Lisboa.

Antes de aprender a escrever, desenhava histórias de aventuras e ditava o texto à mãe. Nos anos oitenta, em plena guerra fria, fundou o jornal O Missel, que teve um único assinante. Quando tinha idade para isso enviava poemas e desenhos para o DN Jovem, tendo recebido vários prémios nesta última modalidade. Ex-futura arquiteta, licenciou-se em Design Visual no IADE e cursou Ilustração e BD no Ar.Co. Participou em exposições coletivas (Beja, Roma, Helsínquia, Malmö, Texas) e auto-editou o livro Red Shoes que a levou até à EXD’11 e à bienal Livres à Voir 9, em França.

por aqui.

A capa : Dança ao som aveludado do vinil

Le Editorial * 346 por Rafa

Lisbrota

O Miguel , a Fauna Maria e o Rafa.El dizem um ao outro, ao ouvido, e sem que o terceiro ouça, aquilo que lhes enche a medida em Lisboa. Lisboa é tão farta de coisas, que lhes brota que fazer até à sombras das bananeiras do Jardim Tropical. E agora que é verão e Lisboa se distende até às suas Costas com o farnel às costas, o melhor mesmo é dizer bem vindo o Sol a cheio e achar que o resto são pevides.

TV Rural - A balada do coiote

Todos sabemos que "tudo vai mal, vai de mal a pior". No entanto este belo espírito português faz-nos pensar que "não quero os pés bem assentes no chão". Que "isto é tudo bem, nada me para". O 2º longa duração desta banda foi "mantido numa caixa algures, fechado e bem guardado". A amadurecer, a ganhar espaço e alma. E vida. Finalmente saído, surpreende e excita. "Crava as unhas dos pés às raízes" e explora-as sabiamente. Manipula-as, convida-nos. "Vem , que quero dizer-te uma coisa, coisa pouca, bem junta ao ouvido". São canções, histórias bem contadas, letras magníficas, que exploram como poucos a riqueza desta nossa língua. E ao vivo, bem, eles dizem isto: "quero que me olhes". "Quero ver a tua expressão mudar". E vale bem a pena, atrevam-se. / João Freire

Le Entrevista a Adelino Gomes por Marcelo Valadares


Adelino Gomes é uma das vozes do 25 de abril e um personagem marcante do jornalismo em Portugal. É dele um dos principais relatos que ficaram para a história da revolução, tanto pelo lado informativo quanto pelo emocional. A Le Cool Lisboa teve uma rápida conversa com um dos principais nomes do jornalismo português sobre o 25 de abril.

Como entra Lisboa como personagem na sua vida?

Lisboa entra na minha vida como personagem no dia 25 de abril de 1974, no Terreiro do Paço – peço desculpa às outras cidades que têm belas praças, mas essa é a mais bela praça da minha aldeia. (risos).

Mas é de Lisboa?

Não, sou de Leiria. (Volta à resposta anterior)
 

Le Capa * 346


Por Inês Cóias

Le Entrevista a Von Rau Pipiska (Le Cool Team) por Francisca Carvalho


Sabendo que V.Exª é de nórdica descendência, a luz de Lisboa é para a sua cútis um bálsamo ou um punhal?

Lisboa pode ser isso mesmo, uma luz transcendente que nos apunhala na esquina de uma rua. A minha humilde origem aristocrática remete-me para uns idos tempos passados em Kaalasluspa, Verões de cura solar, pelas bordas do lago Kaalasjärvi cujas águas têm ricos minérios protecionistas de dita cútis. Com a caída acentuada das noites (e porque não do valor das acções do senhor meu pai) e o frio tornando-se
em algo subsistente, a fuga solucionada trouxe-me até ao país dos brandos costumes e apunhaladas solares.

Tendo em conta a sua origem aristocrática, descreva para si o cenário mais horrendo:  Ser obrigado a cumprimentar o D. Duarte com as mãos a cheirar a camarão tigre ou com o blazer empestado de sardinha
assada.

Cresci entre as paragens reais mais monárquicas que uma Europa decadente pode oferecer, e indo eu, como boa educação juvenil de ocupação dos tempos livre, para o sequeiro do arenque e truta salmonada, apertar a mão de uma qualquer figura de proa real, com cheiro de carne de veado, alce ou mesmo peixe ressecado, parece apropriado desde que com um toque de Grav Lax. Dito isto, nada melhor que um surtido nórdico adaptado à realidade portuguesa. Num serão de convívio monárquico com os dignitários nacionais serviria a versão lusa do Janssons frestelse. E tenho dito, copo de água e palito!


Rubro Avenida


Comida espanhola foi, pelo menos para mim, sinónimo de tapas feitas com pão branco "daquele" espanhol, a atirar para o completamente desenxabido e sem sabor e com umas rodelas de chouriço ou salpicão e a acompanhar com um tinto de verano. Ora, esta foi sempre a minha ideia de comida espanholita... até a sexta feira de umas semanas, à hora do jantar! Fui jantar com um amigo ao Rubro, ali para as traseiras da Avenida da Liberdade. Comeram-se ovos rotos (vulgo batata frita com ovos estrelados... tudo revolvido) e lulas fritas babys chamadas chipirones, para entrada.

O "comer" propriamente dito foi um mega, hiper, gigante pedaço de uma carne absolutamente maravilhosa e divinal, tudo regado com uma boa vinhaça! Ambiente castiço, bancos de correr, ambiente informal! A visitar em breve, novamente! / Teresa Palma Carlos


Le Artista da Capa * 345, Bárbara Monteiro

Fala-me da capa

Eu sei que não é novidade representar Amália, Vasco Santana ou Fernando Pessoa, como fiz para esta capa. Mas sempre que penso em Lisboa, sou invadida por uma data de conceitos visuais e imagens, torna-se difícil filtrar alguma ideia, porque muito para explorar. E esta foi a primeira coisa em pensei e preferi ficar logo com o first feeling. O resto foi por intuição. Os azulejos típicos, uma fotografia da vista sobre o castelo…

Fala-me de ti

tinha escrito isto uma vez. Porque, na verdade, aquilo que eu sou é aquilo que eu gosto: Gosto dos fins de semana de ronha e elétricos. Gosto de quintas-feiras e sextas de cair na calçada. Gosto dos meus amigos. Gosto de ti. Gosto de música. Gosto de dançar à chuva e da brisa do verão. Gosto de dirty talk. Gosto de doces e amargos.


Le Editorial * 345 por Rafa

Lisboca

O Miguel , a Fauna Maria e o Rafa.El dizem entre si que pela boca morre o peixe, mas é mais o peixe que lhes vai morrendo na boca na guerra de trincheiras entre a sardinha e o pão. Lisboa tem guelras de tanto tempo que passou dentro de água, dentro de rio, perto de mar. E mais nos parece que todos os poetas, fadistas e escritores desta cidade deviam chegar de barco a Lisboa, nem que fosse por uma vez, como uma muito nossa chegada a Meca.

Le Capa * 345


Por Bárbara Monteiro

Boka de Santo

Ontem fui ao Boka de Santo, na Rua S. João da Mata! O restaurante é da Isabel, uma amiga de muitos anos (minha e da família), com um coração e sorriso enormes e uma verdadeira mestra da culinária! Ainda me lembro da mousse de chocolate branco que comi largos anos... Ontem reencontrei a Isabel à porta do talho. me contou que abriu um restaurante e tive que ir dar uma espreitadela e "degustadela". Entrada: Pratinho saloio (pão, queijo de niza e enchidos); Prato: Frango recheado com farinheira; Sobremesa: Cheesecake. Tudo regado com uma fresca sangria com um travo a aniz. Resumindo, comida excelente em doses generosas, atendimento simpático (com o João), música e espaço muito agradáveis. Gostei muito e é seguramente um restaurante a visitar mais vezes! / Teresa Palma Carlos


Le Artista da Capa * 344, Íris Linheiro

Lisboa porque... gosto da luz e do rio Tejo, dos mercados e das lojas de bairro, das casas antigas e dos jardins, da calçada portuguesa e das escadarias, dos elétricos e do fado. Do "sei " dos lisboetas e da curiosidade dos turistas.

Lisboa é Boa.
 
O meu nome é Iris e gosto de fotografar tudo o que me apela aos sentidos.
 
A minha hobby page é esta.

Le Editorial * 344 por Rafa

Lisboa, a razinza

O Miguel , a Fauna Maria e o Rafa.El , depois do aperto de Santo António - em que vieram a necessidade de recuperar a figura dos polícias sinaleiros e os colocarem nos cruzamentos de gente por Alfama - descansam. Instalados ao sol em qualquer degrau e vão de escada que permita mais do que um terço de bochecha de nádega assolapados, observam. Lisboa tem personalidade, imensa até, mais do que aquela que qualquer porco Arnold exibirá. E, enquanto se mostra em esplendor de primavera e toda ela brilha em contentamento, também por aqui e ali se mostra ranzinza e se vai irritando, ao sabor de elétricos lotados de camones, de EMEis e de burocracias a bolsar.

Le Capa * 344


Por Íris Linheiro

Le Entrevista a Pedro Leitão por Cláudio Braga


Pedro Leitão, diretor festival PUFF

Pedro Leitão, um alfacinha nascido bem no coração de Lisboa, prepara-se para fazer emergir o melhor do cinema dito underground e espalhá-lo pelo país. A poucos dias do arranque oficial do PUFF – Portugal Underground Film Festival e depois de Lisboa ter sido a primeira a provar uma das ‘iguarias’, que serão servidas, entre 8 e 16 de junho, simultaneamente, em Portimão e no Fundão, fomos conhecer o “louco” que se lançou nesta cruzada épica de organizar um festival com filmes que quase ninguém conhece, vindos dos quatro cantos do mundo, e, ainda por cima, de baixo orçamento.

Fala-nos de ti: quem é o Pedro Leitão? O que o move?

Falarmos de nós próprios quando se trata de desenvolver um projeto desta dimensão, numa altura em que vivemos num país que assassina qualquer manifestação cultural, torna-se uma questão sem grande interesse e nexo... Num país conformado a obedecer a uma ditadura disfarçada e à estupidificação do seu povo, o que me move é tentar proporcionar alguns momentos de entretenimento e de acordar as nossas mentes adormecidas… há várias décadas.

Le Entrevista às Anarchicks por João Freire






















Sucesso. Popularidade. Concertos, gritos e acenos. Loucura com fartura. Mas q.b. também. Uma maneira desmedida de fazer as coisas. Porque sim e porque querem. Dizem que o que fazem é espontâneo e democrático. Crónica de um sucesso anunciado.

Comecemos pelo início. Se bem que ninguém sabe quando foi. Mas vamos tentar pelo menos.


Merca Tudo

Imaginem-se no meio do bairro da Madragoa, nas suas ruas estreitas e desalumiadas, o casario envelhecido. Imaginem-se a degustar umas estaladiças pataniscas de bacalhau com arroz de tomate, um tenro bife com molho de cogumelos, batatas fritas acabadas de serem cortadas e fritas, ainda quentes, pão fresco. Imaginem a sensação de um bom vinho tinto a transpor o palatoImaginem que estão a escutar um bom jazz, calmo, sensual, numa mesa rodeados de bons amigos e magnífica cavaqueira.  

Imaginem que as paredes são inteiramente forradas a pedra mármore, mas ainda assim conseguem sentir-se num local hospitaleiroImaginem um local com pouca luz, mas a suficiente para comer e conversar e degustar um bom repasto…  

Le Editorial * 343 por Rafa

Lisbon

O Miguel , a Fauna Maria e o Rafa.El fizeram a aposta entre si de que quem enfardar mais sardinhas, ganha. E ganha o quê? Um barrigote de santa delícia, um lugar no altar das festas e um prestígio do caraças. E, claro, uma grade de cervejas a receber dos restantes. A ver se por rebenta a competição pela festa (mais brava e saudável que a outra, a tal dita de brava) tanto de rua a rua, como entre bairros. Prometido é que Lisboa será sempre em grande. Desejado é que te queiras ver por aqui daqui a um ano. Comecem as festas, que o Santo António desceu à calçada.

Le Artista da Capa * 343, Cátia Barbosa

O Verão está para chegar... mas anda meio tímido!
 
Com o Verão chegam os tão queridos e bem recebidos turistas, bifes... ou camones (é o que preferirem)!

Numa altura em que o aperto de cinto nem se sente porque cortou a corrente sanguínea, venham eles para salvar esta bela Lisboa!
 
Lisboa menina e moça, Lisboa sempre jovem... Lisboa respira cultura, talento e diversão! É esta a nossa imagem de marca! Deixemos os pesos pesados de lado e vamos sorrir como se não houvesse amanhã!
 
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OLÁÁÁ! Eu sou a Cátia Barbosa, tenho 29 anos, alfacinha de gema e algumas pancadas (quem me conhece sabe do que falo!).

Le Capa * 343


Por Cátia Barbosa