Le entrevista a Joana Machado por Ana D.


Fala-me de ti, de onde vens e o que fazes.

Chamo-me Joana Machado, sou cantora de jazz e nasci no Funchal a 15 de Setembro de 78. Aos 17 mudei-me para Lisboa. Iniciei o estudo da voz, conciliando a formação técnica Clássica do seu instrumento e os estudos musicais do Jazz. Licenciei-me em Design Industrial (U. Lusíada, Lisboa) e em Jazz Performance (New School University – N.I., E.U.A.), e actualmente frequento o Mestrado em Interpretação Artística da ESMAE (Instituto Politécnico do Porto).

Participei em inúmeros festivais nacionais e internacionais, colaborando, entre outros com a European Jazz Youth Orchestra, The New School Jazz Orchestra, The Lehigh Valley Jazz Repertory Orchestra, cantando ao lado de artistas de renome como Edu Lobo, Gary Bartz, Hermeto Pascoal, Jamey Haddad, Jane Ira Bloom ou Bernardo Sassetti.


Tenho no mercado três registos discográficos: “CRUde” (TOAP 2006) , “A Casa do Óscar” (2009), e “Travessia dos Poetas, Rosapeixe” (KARONTE 2010), marcando, este último, a sua colaboração com o pianista galego Abe Rábade. Uma portuguesa e um galego com uma afinidade imediata. Nasceu da sua paixão pela poesia. Se no seu anterior registo discográfico (“A Casa do Óscar”, 2009) homenageou o compositor Tom Jobim, agora, homenageia poetas de renome: Alberto Caeiro, Herberto Helder, Nuno Júdice, Ruy Belo e Sophia de Mello Breyner Andresen. Marcaram-me também as colaborações com Amílcar Vasques Dias e Rembrandt Frerichs. O meu trabalho tem sido apoiado pela DRAC Madeira, a Fundação EDP e o Montepio, entre outros. Sou docente de voz e ensemble na Licenciatura em Jazz da Universidade Lusíada e na Escola de Jazz de Luiz Villas-Boas.

Conta-nos dos teus sonhos e projectos.


Ser uma artista interdisciplinar, compor a minha música. Saída próxima do disco “Desnudo” para a Numérica, uma colaboração com o pianista Amílcar Vasques Dias sobre poesia feminina hispano-árabe do século XXI. Dia 2 de Abril canto a “Travessia dos Poetas, Rosapeixe” na Festa do Jazz, Teatro S. Luiz, Lisboa.

E o que é Lisboa para ti? Sugere-nos um percurso que gostes.

Adoro Lisboa, é uma cidade iluminada. Libertou-me da claustrofobia que sentia na ilha, abriu-me os horizontes e aceitou-me. Tem uma mistura ideal de antiguidade e modernidade.

Sábado ou domingo: brunch na “Senhora do Monte”, na Graça, seguido de café na Esplanada da Graça. Apanhar o eléctrico 28 desde a baixa até à Estrela, passear no Jardim, sentar-se a ler um livro e depois descer a Lapa a pé, até Santos.


Sem comentários:

Enviar um comentário