Le Crónica do Pastel de Nata

Nunca damos valor aquilo que temos. Clichés à parte, grande verdade nesta expressão. Estar em Lisboa, pedir um café e um pastel de nata é uma coisa tão banal, como tropeçar de saltos altos na calçada portuguesa. Mas quando o chão muda as coisas às quais nem prestávamos atenção tornam-se naquelas das quais mais falta sentimos. As saudades apertam se não tivermos disponíveis aqueles sabores de sempre, que fazem parte de uma tradição quotidiana.  

Quando no estrangeiro encontramos um cafezinho que vende pastéis de nata, a repentina felicidade depressa se transforma numa pequena irritação.


A um português ninguém engana com um suposto "Pastel de Belém", congelado a 3 euros. O verdadeiro está em Portugal. E, no regresso, vou ter a certeza de estar em casa quando pedir: «um pastel de nata e um café curto, se faz favor». / Andreia Pedro

Sem comentários:

Enviar um comentário