Sou alentejano, não corro atrás de nada. Quando era
miúdo queria ser historiador, arqueólogo ou paleontólogo. Ou médico,
biólogo, escritor. Lá no fundo, queria ser actor. Finalmente, quis ser
professor. E fui, por poucos meses. Depois quis ser investigador e
quando deixei de querer, quis ser arquitecto. Sem querer, fui apresentador de tv. Sou um insatisfeito inconformado com o meu conformismo. Um dia hei-de ser aquilo que quiser.
Que química sentes em relação a Lisboa?
Que química sentes em relação a Lisboa?
Foi a Química que me trouxe a Lisboa mas não foi a Química que me fez ficar. A Química não se sente. Pensa-se, explica-se. E eu não sei porque fiquei. Acho que foi o fado. Esta história de Lisboa ser uma pessoa, uma mulher, que às vezes parece que se vive com ela mais do que se vive nela.
Descreve-nos um sonho explosivo.
Ter um tele-transportador na despensa. Tomar o pequeno almoço em Paris. Almoçar em Nova Iorque e ficar por lá toda a tarde. Jantar em Lisboa e dançar à noite em Tóquio. Adormecer ao relento de uma noite quente na Índia.
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