Votação da semana * 372
Agora que o mundo não se foi de vez, vou fazer o começo do ano em:
a) A beber como se o mundo acabasse amanhã
b) Num hotel manhoso do Iucatão chamado de Chuchapetl
c) Numa das festas sugeridas pela Le Cool (obrigados)
d) Na cama com a/o/os/as mais que tudo a testar preservativos de sabores
e) Outra coisa mais para o bizarro (conta-me tudo)
Há Ano Novo na Mouraria
A malta do norte chama mouros - os brincalhões - a toda a gente que espreita da cama para o pequeno-almoço a todas as manhãs abaixo do Mondego. Na Mouraria, um desses bairros de Lisboa que tem marcha e que marcha, os mouros emprestaram-lhe o nome há uma milena de anos e o que ficou foi o nome e uma certa persistência da palavra e do conceito diversidade. Bendita.
Além de diversificado, o bairro tem uma bem interessante movida e agora, que o ano se vai num pestanejar, fazem a festa do seu ocaso. E é certo que se esperam muitos acasos, acredita.
Além de diversificado, o bairro tem uma bem interessante movida e agora, que o ano se vai num pestanejar, fazem a festa do seu ocaso. E é certo que se esperam muitos acasos, acredita.
Le Editorial * 372 por Franco Mondego
Alturas
Por alturas do fecho do ano e do espreitar do ano que se lhe segue - ou seja, no quebrar do ano no mundo ocidental, que é aquele que tenta guiar o restante à liça de chicote - tomo contas à vida, recontando o ano que passou. Assim em frames como "eles" gostam de contar na TV, com música de fazer babies em fundo (ou em tom de epopeia, um ou outro, dependendo de que sigla é o canal). Cada ano que somo tenho uma proximidade com um realizador. 2009 foi um ano Tati, 2010 Amenábar, 2011 Fellini e 2012 Woody Allen.
Gesticulações, gestos, histórias cruzadas, bizarrias, humores e afetações ao sabor dos meses. Como não quero que 2013 seja Pasolini e gostei mesmo do Midnight in Paris, vou fazer a passagem de ano de direta. Em jejum de passas e de álcool. Mas isto digo eu agora, que sou franco apenas de nome. / Franco Mondego
Le Entrevista à a Quinta à Quarta por Rafa
Porquê a Quinta à Quarta e não Quinta Dimensão? Ou Quarta à Quinta? É de andarem sempre em quinta aquando das entregas? Agora fora trocadilhos numéricos, como começaram o projeto e o que as levou a optar por entregas ao domicílio de produtos biológicos - ou, em outras palavras - apresentem-me A Quinta à Quarta.
A Quinta à Quarta é um serviço de entrega ao domicílio de produtos frescos (legumes, frutas e ervas aromáticas) de agricultura biológica. Os produtos são apresentados num cabaz, cuja seleção varia semanalmente.
Sempre
acreditámos no modo de produção biológico como forma de promover o
aumento da biodiversidade e da qualidade de vida. Adicionalmente, o
consumo destes produtos promove a saúde, pois permite usufruir
plenamente das qualidades nutritivas de cada alimento, e enriquece a
experiência alimentar, valorizada pelas reais características dos
produtos, como o cheiro ou o sabor.
Le Entrevista a Isabel Pires de Lima por Teresa Palma Carlos
Isabel, apresenta-te aos leitores da Le Cool, a nível pessoal...
Filha, Mulher, Tia, Amiga, Designer de Interiores, Artista, Diferente, Lutadora, Aventureira, Sonhadora, Viajante, Criativa, Curiosa, que não para quieta a não ser a dormir.
... e a nível profissional.
Comecei a trabalhar desde muito nova, aprendi sempre e continuo todos os dias aprender. Valorizo todas as experiências e projetos. Os projetos em que trabalho e já trabalhei são hotéis, restaurantes, spas, andares modelo, projetos particulares ou seja, apartamentos, moradias ou até só uma divisão como uma cozinha ou sala de estar.
Le Artista da Capa * 372, Sara A.
Eu sou o músculo da Sara, o tal que obtura a máquina quando Lisboa se insinua defronte da câmara. A cada instante, um apelo da sua imagem. Sabes onde é o Jardim Botto Machado? Se acertares, dou-te o restante músculo que me faz o braço, em abraço.
Lisboa é a minha cidade, biologias e ornitologias incluídas, berço onde um grafologista encontraria certamente traços da minha persolidade em contentamentos no ponto do i.
Le Entrevista a Diogo Oliveira por Nuno Félix
A ideia de te cruzares com o Diogo e não saberes que é um dos "cabecilhas" do Lisbon Night Deck, é brutal. Podias-te cruzar com ele no Mercado da Ribeira, num corredor do Técnico ou numa estação de serviço a aspirar o carro. Quero com isto dizer que é um jovem normal e mortal, com cabeça...
Tive curiosidade pelo projeto que criou (vim depois a perceber que criaram, no plural), mas a entrevista foi com ele. Quis perceber o que estava por detrás do Lisbon Night Deck, um projeto que, bem vistas as coisas, é fresco e único, porque reúne uma série de coisas e nos quer levar a aproveitar coisas boas da vida. Pelo menos, achava eu! E fiquei convencido.
Como definirias o Diogo Oliveira?
Extrovertido, inquieto e criativo. Um sonhador idiota com vontade de se envolver e desenvolver coisas novas e interessantes. Uma mistura complexa entre a mente de um engenheiro e de um artista.
Declives há poucos, palerma!
Diz o MC, do Menos 1Carro - e diz e assina muito bem, subscrevo com flores e tudo - que Lisboa em bicla não é aquela coisa de "isto não é para meninos." Não será para meninos de coro e afins, mas também não é como subir até às neves do Kilimanjaro, como muita gente tem ainda dentro da cabeça.
Este boneco aqui ao lado (desenterrado de um CD da CML de 2001, ali pelo mesmo MC), apresenta o declive da cidade em gradação a tons rosinha e laranja. 69% da cidade tem 5% de inclinação (o tom mais claro), perfeitamente desafogado para quaisquer rosáceos gémeos. Portanto e assinando de fresco, qual é mesmo a tua desculpa?
Este boneco aqui ao lado (desenterrado de um CD da CML de 2001, ali pelo mesmo MC), apresenta o declive da cidade em gradação a tons rosinha e laranja. 69% da cidade tem 5% de inclinação (o tom mais claro), perfeitamente desafogado para quaisquer rosáceos gémeos. Portanto e assinando de fresco, qual é mesmo a tua desculpa?
Galeria Ambulante
E o sujeito é... pedras pintadas, intervenções sobre pinturas encontradas no lixo da escola de artes e uma renovada secção de livraria. Ou, como quem decifra, respetivamente: "Pedras sobre o assunto", "Série comercial" e a "Galeria de arte ambulante".
Tudo isto e certamente mais ainda, hoje, dia 22 de dezembro, das 14h às 18h, na escadaria da Igreja dos Mártires, na Rua Garrett, em pleno bairro das compras de Natal.
Pedras a 5, livros a 10 e pinturas entre 15 e 25. Contribui para ti próprio - compra-te arte. É certamente dedutível em algum anexo de IRS, ou não, que se lixe.
Tudo isto e certamente mais ainda, hoje, dia 22 de dezembro, das 14h às 18h, na escadaria da Igreja dos Mártires, na Rua Garrett, em pleno bairro das compras de Natal.
Pedras a 5, livros a 10 e pinturas entre 15 e 25. Contribui para ti próprio - compra-te arte. É certamente dedutível em algum anexo de IRS, ou não, que se lixe.
Vertigo - A mulher que viveu duas vezes
Alguém dizia que eu sou uma pessoa de música a preto e branco. Pois eu acrescento que sou fã incondicional de filmes a preto e branco, em especial de Alfred Hitchcock e em particular do clássico Vertigo – A mulher que viveu duas vezes. Já vi e revi a película vezes e vezes sem conta e a verdade é que há sempre um pormenor novo! Para quem nunca viu, ou para quem quer rever este grande filme, é favor deslocar-se ao UCI - El Corte Inglés e maravilhar-se em exclusivo com a versão restaurada e em cópia digital. Parece-me um bom presente pós-Natal! / Teresa Palma Carlos
Edgar Pêra na Cinemateca Portuguesa
Hoje, 21 de dezembro, a Cinemateca recebe Edgar Pêra para uma sessão múltipla de duração inesperada.
Às 21h30 exibem-se "Who is the master who makes the grass green? / Reality tunnels a cinelesson by Master Bob", "Manual de Evasão LX 94 - Investigação Trans-temporal" e material inédito deste último. Com a presença do dito.
Às 21h30 exibem-se "Who is the master who makes the grass green? / Reality tunnels a cinelesson by Master Bob", "Manual de Evasão LX 94 - Investigação Trans-temporal" e material inédito deste último. Com a presença do dito.
The Ghost of Piramida
Neste próximo dia 26 de dezembro, um filme no espaço da música por excelência ao Cais. isso mesmo, o Musicbox torna-se Cinebox e recebe a exibição nacional do documentário "The Ghost of Piramida". Andreas Doefoed acompanhou os Efterklang a Piramida, local que originou o último trabalhou destes.
Aponta na agenda, quarta 26 de dezembro, às 22h30. De entrada livre.
Aponta na agenda, quarta 26 de dezembro, às 22h30. De entrada livre.
Natal Social
O Natal Social regressou!
No espaço Mob ao Bairro Alto, com uma catrefada de artista como sempre nos habituou a Crew Hassan. Ainda te recordas?
O mercado e feira arrancou a dia 20 e segue até dia 23 de dezembro.
Workshops, comércio justo, gastronomia vegetariana, concertos e solidariedade social. Palavras chave num evento base. Carregado do tal espírito natalício, à séria. A entrada reverte para instituições de caráter social e roupas, brinquedos, roupa não perecível e material escolar é bem vindo!
Espreita por aqui e vai!
No espaço Mob ao Bairro Alto, com uma catrefada de artista como sempre nos habituou a Crew Hassan. Ainda te recordas?
O mercado e feira arrancou a dia 20 e segue até dia 23 de dezembro.
Workshops, comércio justo, gastronomia vegetariana, concertos e solidariedade social. Palavras chave num evento base. Carregado do tal espírito natalício, à séria. A entrada reverte para instituições de caráter social e roupas, brinquedos, roupa não perecível e material escolar é bem vindo!
Espreita por aqui e vai!
INfusão
Ovos, farinha, leite, manteiga e uma pitada de sal. Assim estava eu habituada a fazer os meus crepes que, achava eu, eram fantásticos, lindos e saborosos e depois era recheá-los com praticamente tudo o que encontrava no frigorífico. Andava eu satisfeita com os meus crepesitos até descobrir, no espaço do antigo e emblemático Lisboa Bar, o INFusão.
Que é isso mesmo: um pouco de tudo num espaço só, uma fusão de sabores e de conceitos.
Que é isso mesmo: um pouco de tudo num espaço só, uma fusão de sabores e de conceitos.
SuperCaliFragilistic
A Mary Poppins iria certamente adorar e pronunciar deliciada Supercalifragilisticexpialidoc
Como era? Como seguia? Como dizes? SuperCaliFragilistic! Em Alfama o conforto do palato é aqui! / Ravier
Le Artista da Capa * 371, João Santos
E Lisboa é o quê? O que é que Lisboa tem? Sugere aí um dia perfeito pela cidade.
Lisboa é inefável! Parafraseando Jorge de Sena: "Inefável é o que não pode ser dito". Lisboa dos jardins quase secretos: descobrir o Dragoeiro no Parque Monteiro-Mor, ou curvar ao meio o Vale do Silêncio,nos Olivais; a Fonte das Quarenta Bicas no Jardim Botânico da Ajuda e o Jardim do Torel, debruçado sobre a Avenida. Os passeios à beira-Tejo, claro.
E sempre Alfama, a subir a encosta das Portas do Sol. A Mouraria adormecida; Rua da Palma Chinatown mesclada com a Índia, até ao quarteirão dos Anjos. Ou descer a Avenida Prada Vuitton Herrera e Ca., entrar pelas Portas de Santo Antão e terminar no "Mercado Africano" junto ao Palácio da Independência. Tudo isto e muito mais. Nesta cidade crescida ao Sol e lavada no Rio. Cidade antiga, fenícia, romana e moçárabe. De toda a gente... na presença e na ausência.
Le Editorial * 371 por José Repugno
Alibis
O mundo acaba lenta, lentamente, qual digestão de feijão frade na tripa. E, como qualquer feijoada que se preze, a próxima fica logo desejada. Lisboa, essa urbe semeada à beira do ribeiro Tejo, pegou e pegou bem. Floresce como nunca, acabe ou não o mundo ditado pelos maias. Aliás, não é muito de confiar no prognóstico de uma civilização que entretanto se extinguiu. Ainda antes de ter uma mãozinha dos españuelos. Portanto, se o mundo se foi ou se vai no vaticínio do povo que construiu pirâmides no Iucatão que nem autarca tuga a cortar fitas antes das eleições, não interessa. Acho que foi de sacana deixar assim a gente em sobressalto. Apontem aí no calendário: dia 22 de dezembro faz um dia que o mundo não acabou. Pelo sim, pelo não - que las hay, hay - dou um alibi para o dia 21: já comprei cigarros para o dia seguinte e é chato que sobeje. / José Repugno
O Miguel e o Rafa.El também já têm jantares de Natal agendados, assim que acabe lá mais para 26 ou assim.
Le Entrevista a Umesh Govinde por Daniela Catulo
Tem um dos sorrisos mais contagiantes da noite lisboeta. Natural de Moçambique, a sua energia transparece, e foi em Lisboa que firmou raízes e que provou ser um grande profissional na gestão de um dos bares mais interessantes e com o nome mais apelativo do Bairro Alto: O Kamasutra Bar. Começou como apanha-copos no Garage, cresceu num meio que é cheio de obstáculos e concorrência desleal, mas sempre com garra e persistência é à noite que ele pertence, como peixe na água.
Observa uma Lisboa e um Bairro Alto diferentes daquele onde começou e gostava que o público optasse mais pela qualidade, mesmo em tempos de crise. Porque o que é realmente bom e especial, nem sempre tem que ser mais caro.
As gerações mais novas, que começam agora a sair à noite, não conhecem o brilho que tantos dizem que se perdeu na noite em Lisboa. Quais achas que foram as grandes mudanças da Lisboa em que começaste a trabalhar e a Lisboa de agora?
Muitas mudanças, principalmente no público que frequenta a noite, público muito jovem, que na sua
Le Entrevista a João Santos por Lino Palmeiro
Quando se escreve num teclado sem cedilha nem til, adensam-se as recordações da Pátria, a língua portuguesa? Era uma boa questão, mas não a fizemos. Nada que o João Santos, fotógrafo-viajante-terapeuta-português e tudo, não esteja habituado a resolver. De momento, está em Adelboden (Alpes Suícos) e foi uma conversa a teclar de cá e de lá.
Biografa-te daí um pouco. Querias ser fotógrafo desde menino?
Quando nasci já trazia o "desenho" no dedo e um olhar curioso. Sempre vi o mundo de forma diferente, mas nunca de frente.
Corações de Atum no Ritz Clube
Amanhã, no Ritz Clube, não há caras de bacalhau mas há corações de atum.
Le Crónica, E o Tejo ali tão perto
A água sempre foi amiga da alma portuguesa. Ou não nos tivessemos lançado à descoberta a partir da nossa costa lisboeta, onde o mar se confunde com o rio. Seja mar, ou seja rio, conto sempre com essa linha de água para me orientar. O geográfico torna-se psicológico, porque sabe sempre bem saber que temos ali uma beira-rio onde nos podemos refugiar quando a rotina cansa. Que outras capitais se podem gabar de ter um imenso rio para desfrutar? Não muitas, é certo. Fugir para a beira do Tejo num domingo soalheiro, ou num fim de tarde mais frio. Pode ser para passear, tomar um copo, ou apenas para refletir.
Vê-se sempre um pouco de tudo. Estes são apenas alguns dos privilégios de “ter” um rio. Já dizia o nosso fado, que Lisboa é uma “toalha à beira mar estendida”. Porque, afinal, o Tejo está sempre ali à nossa espera. / Andreia Pedro (Foto por Rafa)
Vê-se sempre um pouco de tudo. Estes são apenas alguns dos privilégios de “ter” um rio. Já dizia o nosso fado, que Lisboa é uma “toalha à beira mar estendida”. Porque, afinal, o Tejo está sempre ali à nossa espera. / Andreia Pedro (Foto por Rafa)
Le Artista da Capa * 370, Nuno Cintrão
Após 12 anos de trabalho em web design, print, ilustração e motion graphics para agências de Lisboa, decidi tornar-me freelance e paralelamente iniciar um percurso mais artístico. Estou agora a começar, por isso toda a ajuda e contactos para expor são bem vindos.
Lisboa para mim é a cidade onde nasci na MAC (maternidade Alfredo da Costa) e é também uma cidade perdida algures entre o passado e o futuro sempre em reconstrução. É uma 5ª dimensão habitada e visitada por todo o tipo de seres incríveis. Adoro viajar mas tenho sempre de voltar aqui, passear pela calçada e imaginar argumentos para os filmes de cada personagem que encontro.
Encontra-me pelo Pinterest, pelo Behance e contacta-me por aqui.
Le Editorial * 370 por Fauna Maria
Bancos
Agora que me vejo inclinada a confiar mais em bancos de jardim do que em bancos a prazo, coloco o dinheiro no colchão e bombardeio de comida a pombalada. O Marquês de Pombal ficaria orgulhoso de mim. Ele e a minha avó Maria da Consolação, que era mestre em sopa de couve serrana e em guardar o valor da jornada entre a palha que lhe servia de leito. À palha volta o que da palha veio. Alterno entre vícios. O Instagram tem um oponente de peso no desejo de ver o Woody Allen a filmar Lisboa. Talvez filme um fadista que se apaixone por um boxer no Finalmente. Isso ou um kefrô que plante uma horta de dia. Ali para Chelas. Quem sabe. / Fauna Maria
O Miguel e o Rafa.El preferem colocar o seu dinheiro em offshores e investir em action figures do Alberto João Jardim. Não fazem manguitos, mas dançam o vira.
Le Entrevista a Luísa Jacinto por Clara Henriques
Luísa Jacinto na Galeria Alecrim 50
«A Arte é inesgotável. Nela cabe tudo».
São estas as palavras de Luísa Jacinto que nos fazem partir numa
viagem indelével pela sua exposição “O Lugar mais perto”, presente na
Alecrim 50. Luísa Jacinto traz a pintura no olhar e a certeza de que não
poderia ser de outra forma. Lisboeta de gema, resolveu quebrar
fronteiras e procurar em Londres novos rasgos, novos traços, um novo
horizonte que pudesse elevá-la na Arte.
Desta experiência, recupera agora vestígios que nem ela sabe
explicar, mas que nos é possível identificar a cada passo mais fundo na
sua obra:
«A experiência em Londres foi maravilhosa. Londres é uma explosão de
arte e, ao mesmo tempo, faz-nos mergulhar nos conceitos de pequenos
bairros, o que torna tudo mágico. Ainda estou a sentir em mim reflexos
dessa experiência, coisas que ficaram semeadas e só agora se estão a
revelar».
Le Entrevista a Maria Xavier por Pedro Alfacinha
Nesta 3ª edição a Mostra de Cinema da América Latina surge com uma imagem diferente, qual o motivo?
Surge por uma vontade de mudança, de renovação. Na 1ª edição tivemos
uma imagem, na 2ª outra e com esta é que pretendemos marcar a identidade
desta mostra. Nós procuramos associar as características da América
Latina que são transversais aos vários países, que remetem por um lado à
natureza mas também a raízes no sentido das várias heranças culturais e
também a qualquer coisa mais fresca, mais solar, mais esperançosa. Há
muito ainda a aprender com esta região do mundo que tem passado por
tantas coisas e esta mostra tem em si um sentido de esperança.
Mudar de caminho, numa altura em que os países europeus passam por uma grave crise financeira mas também de valores.
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