Le Artista da Capa * 337, Nian Canard

Depois de um período a especializar-se em fotografia de moda em Nova Iorque, Nian Canard experienciou, o que foi um ponto decisivo para o seu trabalho se definir como artista. Mais do que uma fotografia o seu trabalho é uma experiência, um disparo. De volta a Portugal onde reside e continua a desenvolver o seu estilo, por entre reflexos, arquitetura urbana e vida frenética de uma cidade, Nian Canard mantém a sua fotografia tão misteriosa como o seu próprio nome artístico.

Arquitectura da Natureza (Edição Lisboa)

Esta série de trabalhos de Nian Canard podia ter como cenário Nova Iorque ou Tóquio, mas é a nossa bela Lisboa.

Tão frenética  e barulhenta como tantas outras cidades, no entanto, neste caso, a Natureza sobressai mais que o betão das estradas ou o azulejo das paredes. Lisboa também é feita de cimento e tijolos, trânsito barulhento e peões apressados em hora de ponta, neste caso estamos a ver tudo isso e muito mais mas de outra forma.

Le Editorial * 337, por Rafa

Lisboa, a libertada

Eu a escrever isto e a pensar: Lisboa parece-se cada vez mais com uma boca carregada de dentes de ouro, é tesouros e nem ponta de tártaro. E o Miguel , a Fauna Maria e o Rafa.El até apreciam a liberdade que permite à chuva que caia abusadora a enxaguar um dia que rima com cravos. Se alguma vez tivéssemos um cargo político de valor - batemos todos com o punho na mesa de pinho da cozinha da Le Cool - a primeira decisão seria oferecer a todo o alfacinha um Chaimite. Com as laterais pejadas de cravos a stencil feito pela malta lisboeta do street art. Seria bonito e a EMEL hesitaria antes de multar alguém que fosse ao café de blindado.

Le Capa * 337


Por Nian Canard

Le Entrevista a Lucas Bora-Bora por Francisco


Fomos almoçar com o Lucas Bora-Bora, onde se falou sobre material musical (amplificadores, pedais entre outros onde a maioria dos mortais são leigos), sobre o génio e magia de Bob Dylan, antes de arrancarem para um fim de semana de concertos em terras Alentejanas. Era necessário encher o bucho para a viagem, da mesma forma que nós enchemos a alma de musicalidade.

Preferes cantar ou tocar bateria?
É diferente. Nos Velhos gosto de tocar bateria, mas não sou tão viciado no instrumento. Eu estou a sentir que não tenho um grande amor pelo instrumento. Eu nos Velhos [O vocalista de Lucas Bora-Bora é o mesmo baterista da banda "Os Velhos") era mais um e ao contrário do [Manuel] Fúria; onde o que se exige é que não sejas mais um, mas que sejas um músico.

Le Entrevista a José Manuel Castanheira por Francisco Pinheiro


José Manuel Castanheira, homem dos sete ofícios, é uma das figuras de proa da cenografia nacional. Resumidamente poderíamos dizer de si ser um arquiteto de formação, pedagogo de profissão e cenógrafo de corpo e alma?

Sim, de facto considero ser cenógrafo. Não sei se de corpo e alma, mas com uma grande paixão e em permanente transformação. Dito isto de outra forma, o que me levou a ser cenógrafo não teve rigorosamente sempre a mesma causa e efeito. Os sonhos de criança e adolescente tinham em si uma grande e generosa carga de ingenuidade que foram amadurecendo com a experiência real, motor essencial da minha condição de cenógrafo.

Le Editorial * 336 por Rafa

Lisboa, a grande

Não era apenas o Alexandre a ser grande ou magno, Lisboa é enorme. Mas enorme não de ser longo o caminho no ir daqui até à Costa ou de ser íngreme no caminho até ao Castelo ou vasta quando apetece praiar na Linha. Grande de adjetivos bons, grande e farta e boa. A cada semana proclamamos esta paixão por esta cidade que nos acarinha. E ai de quem critique esta Lisboa-mulher. É logo ver se sabe nadar no Tejo. E o Miguel , a Fauna Maria e o Rafa.El gostam mesmo disto.

Le Artista da Capa * 336, Nian Canard

Nian Canard nasce do reflexo de um acrílico espalhado pelo meio da multidão. Feito de camadas fotográficas inspirou-se na vida frenética de Nova York para desenvolver o seu olhar pela cidade. Especializou-se em fotografia de moda no ICP em NY e voltou para Portugal, onde agora se encontra.

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Numa cidade onde a natureza emerge do betão e os tijolos empilhados são o
 nosso habitat; esta fusão, resultado de uma urbanização, faz parte das nossasmemórias do quotidiano?

Por muito que um mesmo caminho seja feito vezessem conta, a memória pouco retém da calçada que pisamos, o riacho queatravessamos e que certo arranha-céus ocupou o lugar de várias árvorescentenárias, transformando-se em objetos que servem para servir o Homem,
 como por exemplo um relógio de cuco, exposto num museu; desta forma serácontemplado, sem vida.

Le Capa * 336


Por Nian Canard

Le Entrevista a Miguel Leite por Rafa


Apresenta-te, falemos de ti na óptica de representante da PunchFest e dá à tua descrição uma pincelada mais quanto a ti.
 
Podia dizer-te que sou alto, assim de metro e noventa, olhos azuis, peito definido e que falo 7 línguas. Mas estaria a mentir e mentir é feio. Sou jornalista, uff, mais um. Mas desta vez um daqueles que gosta de música e tem a sorte de estar bem acompanhado. Criei a Punch Magazine com mais um amigo, o João Pacheco, e em quase um ano vimos a "coisa" crescer como nunca pensámos...

Explica-me o porquê de Mobitto após o nome - que conjunção é esta de palavras PunchFest by Mobitto?


Mobitto é a a primeira e oficialíssima parceira do PunchFest! Mobitto. Não é um cocktail desses cubanos, mas uma aplicação lifestyle, que se descarrega para o tablet e o smartphone e que em menos de um minuto nos dispara uma data de descontos em Lisboa.

Le Entrevista a CSNF (Canhão + Sousa + Nogueiro + Ferrandini) representados por Rui Nogueiro e por Pedro Sousa por Pedro Tavares


Entrevista aos CSNF (Guilherme Canhão + Pedro Sousa + Rui Nogueiro + Gabriel Ferrandini), representados por Rui Nogueiro e por Pedro Sousa.

Como se desenvolveu esta parceria (Canhão / Nogueiro / Sousa / Ferrandini? 

Rui Nogueiro (N), O Travassos [Jorge Trindade, Travassos], que é o organizador do Festival [comissário] falou connosco, não sei se individualmente.

Pedro Sousa (S), Isto foi essencialmente uma ideia do Travassos, porque já no ano passado tinha organizado um concerto de Sunflare no Festival Rescaldo e o Travassos conhece bem o nosso duo, o duo que eu tenho com o Gabriel [Pedro Sousa + Gabriel Ferrandini], e ele achou que nós precisávamos dum baixo e duma guitarra para aquilo levar a outro nível e simplesmente fazermos uma música diferente. Portanto isto, no fundo, foi tudo da cabeça dele.

Le Artista da Capa * 335, Tamara Alves

Tamara Alves conhecida pelos seus espantosos trabalhos de ilustração que não são assim tão incríveis para quem viajou o mundo todo a aprender a desenhar… Seja como for, Tamara deixou para trás uma carreira de guerreira com o seu irmão e primos, seus antigos parceiros de Guerra. De joelhos esmurrados e traços de Guerra nas bochechas, Tamara deixou-se de peripécias físicas e agora vive no seu próprio imaginário…

Por Carolina Torres

Lisboa além de bonita e tudo o mais que podemos falar, da luz e afins... it ROCKS! A capa fala por si!
Espreita o meu trabalho aqui e aqui.

Le Entrevista a Jorge Trindade "Travassos" - Festival Rescaldo, por Pedro Tavares


Nascido em 1972 no Barreiro, na periferia de Lisboa, passou a sua infância a viajar de cidade para cidade entre Portugal e Espanha. Formou-se em Design e tem uma pós-graduação em Design Sustentável pela Universidade de Aveiro. Durante os estudos trabalhou na secção de jazz na Valentim de Carvalho de Aveiro, programou as tardes do “projecto 70&Set” do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro e fundou em 2001 o 1º festival de jazz de Aveiro. Depois de terminar os estudos, passou um ano em Barcelona.  De volta a Portugal, Jorge Trindade "Travassos", tornou-se parte da Trem Azul, a única distribuidora, programadora e produtora de jazz em Portugal, mais conhecida internacionalmente por ser a base da Clean Feed Records, reconhecida internacionalmente como uma das melhores editoras de jazz. Em paralelo, fundou os festivais Muco e Rescaldo, este último a comissariar a edição de 2012.

Le Capa * 335


Por Tamara Alves

Le Capa * 334

Por Luís Simões

Le Entrevista a Cansu Ergin por Rafa


Que fazias antes e o que fazes agora - onde e o que estudaste?

Estudei Biologia e Microbiologia na universidade da minha cidade na Turquia. Depois disso, comecei a estudar dança fora. Primeiro em Berlim durante quase um ano, na Danceworks Berlin, uma escola de dança moderna com muitas técnicas, onde apresentei algumas peças. Continuei os meus estudos em Praga no Duncan Centre Konzervator (o conservatório do estado para a dança contemporânea) durante dois anos e foquei-me também em criações.

Durante esse tempo, atuei em festivais na República Checa e na Turquia. Então para me concentrar mais na criação, vim para Lisboa para um curso específico do Fórum Dança, que frequento desde o ano passado. Durante este tempo estive a fazer as minhas próprias peças com colaborações e a apresentá-las em festivais na Hungria, Países Baixos e aqui, em Portugal. Ensinei também crianças durante anos.