Bravos ouvintes, antes que as amendoeiras floresçam na verde campina e
se comecem a impingir edredons e tupperwares aos velhotes, há coisas
que devemos fazer:
Andar com um ananás para todo o lado, comprar o serviço de loiça
Couve Verde que está a sair com um jornal qualquer, beijar a estátua do
Fernando Pessoa na boca, fazer da tua avó sócia do Bacalhoeiro, comprar o
fato de galinha para usar no concerto do Mika, fazer uma manifestação a
favor do casamento entre raças inter-galácticas, usar uma t-shirt a
dizer “seja esquelecticamente feliz, pergunte-me como”, ir ao Martim
Moniz comer uma sopa de Fava Rica, ser fã das minhas “Chamuças de Bacalhau”,
ir ao Funicular à procura do senhor que fazia a voz do Mascarado na
“Feiticeira da Lua”, encontrar o verdadeiro amor enquanto lavas a roupa
na Lavandaria a moedas, ir lutar na lama do Jardim da Torre de Belém, ir
aparar essa barba ao velho barbeiro da rua, fazer um jantar temático no
The Great American Disaster, levar o pequeno almoço à cama a ti
próprio, comer um Garibaldi na pastelaria…
Le Entrevista ao Vespa Gang Mod Club por Mami
Eu sou O Rapaz do Chapéu e gosto de rebeldia, mas
com estilo. Gosto de Le Corbusier. Gosto dos filmes fragmentados do
Godard, mas também dos filmes narrativos do Samuel Fuller. Gosto de jazz
bebop, rhythm and blues e soul antigo, mas também de Stereolab. Gosto
de politica. Gosto do meu chapéu. Gosto de dançar e de ver dançar.
Eu sou a Elsa V. e gosto de Pizzicato Five e gostaria de ir ao
Japão. Gosto muito de yé yé francês. Gosto de andar de Vespa pela cidade
ou em passeios. Gosto de encontrar vestidos originais ou então mandar
fazer modelos numa costureira. Gosto de dançar e de ver dançar.
Eu sou o Professor X, gosto de ser o DJ do Gang. Gosto de
partilhar a cabine de DJ com o expert em sixties Milkshake. Gosto de ir à
Two Tone em Cacilhas ou à Graver Shop na Baixa comprar roupa. Gosto dos
Style Council. Gosto de andar de Vespa. Gosto de por as pessoas a
dançar. Juntos somos o Vespa Gang Mod Club.
Em Lisboa de dia gostamos muito de andar de Vespa para conhecer zonas da cidade e levando máquinas fotográficas para registar esses passeios. Na Feira da Ladra encontram-se por vezes coisas estilosas e baratas. Ou simplesmente andar à deriva por prazer. Há noite temos as nossas festas mensais no Europa e por vezes também as festas Dance Craze em Almada. De resto andamos à procura do groove perfeito. Quando não o encontramos fazemos nós.
Em Lisboa de dia gostamos muito de andar de Vespa para conhecer zonas da cidade e levando máquinas fotográficas para registar esses passeios. Na Feira da Ladra encontram-se por vezes coisas estilosas e baratas. Ou simplesmente andar à deriva por prazer. Há noite temos as nossas festas mensais no Europa e por vezes também as festas Dance Craze em Almada. De resto andamos à procura do groove perfeito. Quando não o encontramos fazemos nós.
Le Editorial * 228 por Mami
Esta semana queremos prestar uma curvada vénia aos Lisboeiros, que
não são outras que essas embarcações-bus a que se dá o nome de
Cacilheiros (por puro desportivismo e camaradagem entre margens). A verdade é que os Lisboeiros, que já nadam mais ou menos desde a altura
em que se começou a comprar meloas pelo cheiro, estão fartos de gente
atrasada, sentada e cansada. Eles querem mais vida.
Inundemos o Tejo de Lisboeiros temáticos. Façamos de um discoteca, de outro jardim, de outro museu ou cinema secreto, ou palco, hotel, bar.
As gentes do rio não podem ter medo de molhar os pés, vamos a arregaçar a calça e a vivê-lo bem.
A Le Cool ama os Lisboeiros, e tu? Há quanto tempo não danças num?
Inundemos o Tejo de Lisboeiros temáticos. Façamos de um discoteca, de outro jardim, de outro museu ou cinema secreto, ou palco, hotel, bar.
As gentes do rio não podem ter medo de molhar os pés, vamos a arregaçar a calça e a vivê-lo bem.
A Le Cool ama os Lisboeiros, e tu? Há quanto tempo não danças num?
Le Editorial * 227 por Mami
Ora os meus amigos bem sabem e não se enganam que há 2 tipos de gente
por aí a respirar. Os que gostam do Carnaval e os que nem pensar. Os ditos foliões, eram aqueles petizes felizes que iam mascarados ou de
Dama-Antiga (fato de 1 só peça tecido-brilhante) ou de Punk. Os que iam
de palhaço pobre ou de qualquer coisa original fabricada pela mãezinha
nos intervalos do almoço tornaram-se em fulanos não Carnavalescos,
vulgo, rezingões.
Mas chegou, enfim, a semana da loucura medieval e está na altura de fazer as pazes com o passado. São 5 dias para nos lixarmos para as conveniências. Onde eles podem, finalmente, vestir-se de mulher e perceber o que custa dançar de saltos e plastificada peitaça, e elas podem “disfarçar-se” de tudo, desde que numa versão bestialmente suínica!
E depois é só olhar para a Lecool e escolher as festas! Últimas dicas: Não vás de Avatar que te constipas. Em caso de dúvida faz o que tens a fazer mas não dês o teu número de telefone! Em suma, diverte-te como se o recreio estivesse quase a acabar. Porque está.
Mas chegou, enfim, a semana da loucura medieval e está na altura de fazer as pazes com o passado. São 5 dias para nos lixarmos para as conveniências. Onde eles podem, finalmente, vestir-se de mulher e perceber o que custa dançar de saltos e plastificada peitaça, e elas podem “disfarçar-se” de tudo, desde que numa versão bestialmente suínica!
E depois é só olhar para a Lecool e escolher as festas! Últimas dicas: Não vás de Avatar que te constipas. Em caso de dúvida faz o que tens a fazer mas não dês o teu número de telefone! Em suma, diverte-te como se o recreio estivesse quase a acabar. Porque está.
Le Editorial * 226 por Mami
Como para a semana vamos estar mais interessados no Carnaval, falamos já da coisa do Amor e fica despachado. Até porque toda a gente sabe que as efemérides são manobras de marketing
para vender produtos em stock que ninguém gosta especialmente e jamais
compraria. Ele é o Bolo Rei no Natal, as passas no Ano Novo, o Folar na
Pascoa e claro, os presentinhos de São Valentim.
Mas o Amor anda ai. Já não vem entre arco-íris em VHS’s riscados, é certo, mas ainda é bastante divertido.
Por isso, antes que Lisboa se alcatife de fofa piroseira, antes que os patos da Gulbenkian acasalem e que as galinhas do Curry Cabral ponham ovos, vamos celebrar o Amor a verde, oferecendo alfaces frescas, vivendo noites à Byron em pensões com nome de antigas colónias, lambendo ameijoas a pingar manteiga e alho em vez de ostras, dançando em meias pelos cacilheiros e por ai fora.
E se ainda não tens com quem viver esse fogo que arde sem querer, toma lá 25 ideias onde procurar. Não há como não se apaixonar.
Mas o Amor anda ai. Já não vem entre arco-íris em VHS’s riscados, é certo, mas ainda é bastante divertido.
Por isso, antes que Lisboa se alcatife de fofa piroseira, antes que os patos da Gulbenkian acasalem e que as galinhas do Curry Cabral ponham ovos, vamos celebrar o Amor a verde, oferecendo alfaces frescas, vivendo noites à Byron em pensões com nome de antigas colónias, lambendo ameijoas a pingar manteiga e alho em vez de ostras, dançando em meias pelos cacilheiros e por ai fora.
E se ainda não tens com quem viver esse fogo que arde sem querer, toma lá 25 ideias onde procurar. Não há como não se apaixonar.
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