Le Entrevista a Pedro Diniz Reis por Francisca Carvalho
Apesar do reconhecimento público que o seu trabalho tem merecido por parte da crítica nos últimos anos e que esta exposição na Culturgest (De A a Z) vem atestar, Pedro Diniz Reis – artista plástico alfacinha de 38 anos – fala-nos do seu trabalho com uma desconcertante modéstia.
Pedro licenciou-se em pintura pela F.B.A.U.L., terminando em 2000.
O seu interesse pelo vídeo enquanto forma de expressão artística, manifestou-se logo nos primeiros anos de faculdade e nasce da lógica e consciência do tempo próprio da pintura em confronto com as possibilidades abertas pelo vídeo na exploração do tempo enquanto narrativa.
Do tempo e dos seus compassos, que marcam os primeiros trabalhos do artista, chegamos à linguagem e aos seus ritmos. Neste conjunto de trabalhos que agora apresenta na Culturgest, debruça-se sobre diferentes alfabetos e toma-os como matéria abstracta para os reconfigurar em composições visuais e sonoras geradoras de novos significados e que se aproximam da poesia concreta.
A sua relação com a cidade manifesta-se numa opção clara pelos espaços de interioridade vs espaços públicos. É essa cidade oculta e íntima, impossível de ver de fora, que interessa a Pedro Diniz Reis.
Le Vitória 5
Cinema Documental. Uma das minhas paixões. E Cuzco, outra.
Desde
que comecei a viver aqui e me consciencializei da realidade e da
necessidade constante nesta cidade com tanto contraste social, que a
vontade de produzir um documentário surgiu naturalmente. A oposição
entre o turismo e as vidas deixadas ao abandono, com a vertente
histórica, sem um acesso às condições básicas de vida deixa-me
revoltada. É complicado explicá-lo em poucas palavras. O mundo precisa
de saber o que se passa, num dos países mais ricos em recursos naturais e
mais forte culturalmente na América do Sul.
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