Fala-me de ti como se entre nós estivesse apenas uma mesa de café, descontraidamente. Passa-me um cigarro, no entretanto.
Ui, se há desafio grande para mim é esse mesmo. Vivo habituada a fazer perguntas aos outros e sinto-me sempre desajeitada para falar de mim. Bem, posso começar por aí. Desajeitada a falar sobre mim mesma. Inquieta por natureza, sempre curiosa e com uma pergunta na manga. Sou observadora e gosto de me guiar pelo hemisfério direito do meu cérebro. Sou intuitiva, emocional e apaixonada por 1001 coisas ao mesmo tempo.
Sou uma especialista em multitasking e um zero à esquerda para me focar em apenas uma coisa de cada vez. Por isso sou distraída e atenta a tudo ao mesmo tempo. Sou um paradoxo andante. Insatisfeita à procura de satisfação em cada canto. Um caso bicudo complicado. Sou oito ou oitenta em modo agridoce. Como respondi a alguém um dia: «eu nunca disse que ia ser simples».
Ui, se há desafio grande para mim é esse mesmo. Vivo habituada a fazer perguntas aos outros e sinto-me sempre desajeitada para falar de mim. Bem, posso começar por aí. Desajeitada a falar sobre mim mesma. Inquieta por natureza, sempre curiosa e com uma pergunta na manga. Sou observadora e gosto de me guiar pelo hemisfério direito do meu cérebro. Sou intuitiva, emocional e apaixonada por 1001 coisas ao mesmo tempo.
Sou uma especialista em multitasking e um zero à esquerda para me focar em apenas uma coisa de cada vez. Por isso sou distraída e atenta a tudo ao mesmo tempo. Sou um paradoxo andante. Insatisfeita à procura de satisfação em cada canto. Um caso bicudo complicado. Sou oito ou oitenta em modo agridoce. Como respondi a alguém um dia: «eu nunca disse que ia ser simples».
E o teu nome? Parece saído dum romance de Le Carré se este fosse alfacinha ou um belíssimo reflexo de como andámos pelo mundo. Acerto ou é nom de plume para quando escreves?
Oh, o nome... Fui gozada na escola até aos dezasseis anos. As pessoas pequenas são cruéis com a diferença. Hoje em dia agradeço por ter esta “imagem de marca”. É um apelido Hindu. Quer dizer qualquer coisa como “Luz da Lua”. O meu pai é indiano. O nome está mal registado… e deu nisto.
Conta-me das tuas lides profissionais, por onde param as tuas ideias e para onde se esvai o teu tempo?
Esvair o tempo… suspiro… Realmente o tempo dissipa-se demasiado rápido para tantos projetos em que quero meter o bedelho. Se há coisa que eu passo a fazer quase todas a santas horas do meu dia, é ouvir música. Desde que acordo, quando pego no carro, chego ao escritório ou volto a casa. Sou jornalista e colaboro num guia turístico online. Depois vou fazendo outras coisas em paralelo. Como andei pelos meandros da psicologia antes de me bater de frente com a Comunicação Social, nunca deixei de lado a minha curiosidade pelo desenvolvimento pessoal, por isso entretanto, especializei-me em Metodologias Expressivas e tenho um projeto em mãos que quero desenvolver, para “conquistar o mundo” através da expressão e da criatividade.
Vou muito ao teatro. Vou menos do que queria ao cinema. Adoro palmilhar Lisboa e calcorrear cantos por descobrir (há sempre). Adoro jantar fora. Beber um bom vinho. Viajar, lá fora, cá dentro, pela maionese.
Lisboa, quantas sílabas de prazer tem este nome? Sugere-me aí os melhores espaços de entre casas de Lisboa para deambular.
Bem, isso é tarefa árdua. Terias que me dizer por tema. Noite? Dia? Jardins? Miradouros? Chás? Cafés? Lisboa tem carisma suficiente para podermos fazer um dossier de atividades interminável. Mas vou guiar-me pela intuição e responder-te os primeiros que me vêm à cabeça.
Se me levantasse de manhã como uma turista na minha própria cidade, levar-me-ia pelos pezinhos para a zona ribeirinha, descia pela Rua do Alecrim, e ia até Santa Apolónia tomar o pequeno-almoço à Deli Delux. Voltava à Baixa e tomava um chá no Fábulas, dava uma ronda no MUDE, almoçava no Origami do Príncipe Real, ia ver um filme ao King e acabava a tarde a comer um gelado da Santini no Miradouro S. Pedro de Alcântara. À noite, se tivesse todo o tempo
do mundo, ia petiscar e ouvir um fado na Bela e Petiscos em Alfama, bebia um copo de vinho no Bairrus Bodegas, passava na Bica para ver uma curta no Shortcutz, descia até ao Cais e ia abanar-me aos ritmos do Roterdão. Acabava de exorcizar os demónios dançantes no Lux, numa noite de música imperdível como só esta casa tem.
Deixei de fora outros mil e um espaços que adoro como a Fábrica do Braço de Prata e as suas noites de bailaricos, a Casa do Alentejo, o Vertigo e o Atheneu, a esplanada do Restaurante Terra, a vista do LeChat e a comidinha vegetariana caseira do Hari Kristna na Rua D. Estefânia. Enfim, por isso é que os dias deviam ter 48 horas e nós devíamos ter sete vidas que nem os gatos. Lisboa é sexy por todos cantos, e destila prazer por todas as esquinas.
Sem comentários:
Enviar um comentário