LISBOA DESENHADA 1

1 (3-6-2013) ► Já conta o ditado: «Gaivotas em terra, tempestade em São Bento». Mas isso é o que se diz, eu é mais estirar-me ao Sol por meia hora na borda do Tejo, ao Cais do Sodré. 


2 (4-6-2013) ► o topo do Palacete José Ribeiro da Cunha no Príncipe Real, desenhado entre quiosques e bocejos de sol.

3 (5-6-2013) o Cais do Ginjal e uma aguada de café a servir de sombreado. Não sou o Mané do Café, claro, mas Lisboa é Lisboa de qualquer maneira que a desenhe.

4 (6-6-2013) ► um detalhe apenas, um detalhe, da fachada do outro lado da rua à Pensão Amor, Cais do Sodré.

5 (7-6-2013) ► Pequeno naco de Calçada portuguesa em Arroios, enquanto esperava pelo 706. Ou como tornar uma seca de espera em algo produtivo.   

6 (8-6-2013) ► Uma experiência: coloca-te a desenhar numa qualquer rua de Lisboa e conta depois quantos turistas se juntam em apreciação. Ah pois. (Nova) Igreja do Corpo Santo, de 1770, ao Cais do Sodré, bastião dos irlandeses e onde a missa é em inglês. Isto em espera do 735.

7 (9-6-2013) ► Um momento de um outro trabalho meu, pois, em que esquematizei toda a família do café em Portugal para uma dupla de neerlandeses. Imprime ou copia, educa e guia a malta que nos visita. O «one galao» merece melhor explicação. E a meia de leite existe.  

8 (10-6-2013) ► Caracolada e imperial na Praça Paiva Couceiro. Tento dizer umas quantas palavras a louvar o feriado e só me saem: hm, hum, hmmmmmm, nhammmmm, hmm. Já agora, onde pára o Jazz na Praça?

9 (11-6-2013) ► Toma lá o dibujo de hoje e ficamos quites, tá? Aguadas de café e coiso na Leitaria Académica ao Largo do Carmo. Olhava para nenhures para evitar desconfianças. Já reparaste nos carris do eléctrico que seguem pelo caminho do Elevador Santa Justa?

10 (12-6-2013) ► Deu para vir dar uma perninha até à horta de madrugada, aqui bem junto ao Alto de São João. A árvore não tem nome, pode ser Lucille, parafraseando o BB King. Boa notícia, os morangos estão quase e as favas já as recolhi. Deixa cá ler o Almanaque Borda D'Água para a lua cheia. Meh, é a só a 23... 

11 (13-6-2013) ►  Uma esplanada e uma hora de almoço e estamos conversados. Ingredientes para o momento: qualquer naco de papel, o coto riscante disponível e um pedaço de tempo para colocar ambos, papel e riscador, dançando. Aqui, gente na esplanada de São Pedro de Alcântara, patamar de baixo e restantes parapeitos sobre a cidade.

12 (14-6-2013) ► No seguimento, aqui esplanada de São Pedro de Alcântara, patamar de cima.

13 (15-6-2013) ► E ainda, outro espaço ao ar puro de Lisboa. Largo do Carmo. 

14 (16-6-2013) ► E indo até ao Quiosque de Refresco, esplanada na Praça das Flores. 

15 (27-6-2013) Um interregno apenas, mas com uma razão e um bom regresso: uma viagem a Peniche. Peniche é um tômbolo e a caldeirada é majestosa. Na imagem: oceano, Berlenga Grande e Cerro da Velha. O Mário Viegas (de Midões) quase que voltou a ser rei.

16 (28-6-2013) ► Café e cigarros,  Jarmusch e o Benigni bem o sabiam. Junta a isso Lisboa e as suas mais do que sete maravilhas (esplanadas ao dará, um sol incandescente) e está feito.

17 (7-7-2013) ► A «malta» do domingo de manhã no Largo de São Paulo. Uns trinta e tal à sombra e uns quantos milhares ao Sol, tudo tão tórrido. Canículas! 

18 (8-7-2013) ► Nestes Diēs caniculārēs - e Lisboa está agora a 31º e sobe, upa - tenho duas mãos esquerdas. 

19 (9-7-2013) ► Qual é a estação, qual é ela: Metropolitano de Lisboa, Linha da Caravela, a uma troca do Saldanha e a três tirinhos da antiga estação do Socorro. Qual é ela? 

20 (15-7-2013) ► Um detalhe do Fontanário - Obelisco/Chafariz do Largo de São Paulo, a café e Bic, desde a esplanada do Quiosque. Inaugurado em 1849, já vinha um projecto  desde 1774 e pedidos à CML desde 1800 e vintes (é de bem pensar o quanto as obras públicas são agora mais rápidas). A bica poente destinava-se «aos homens do mar».  

1 comentário:

  1. Aqui o Mané do Café. Quem é o autor dos desenhos? Gostava de colocar algum na Folhinha Poética de 2015. Pode escrever para manedocafe@gmail.com
    Grato.

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