Pessoa repousa em estátua em frente à Brasileira do
Chiado, estendendo a mão como que a acenar a quem passa (ou tentando
talvez afastar o turista que o massacra em fotos). Já brincou ao GeoCaching, tem Casa Museu e não aparece no seu próprio relato em Lisbon, What the Tourist Should See. Sentei-me com ele na pequena cadeira que o ombreia e perguntei-lhe:
Que tal esse ser estátua.
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
À força de diferente, isto é monótono,
Como à força de sentir, fico só a pensar.
Como à força de sentir, fico só a pensar.
NÃO:
Não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me macem, por amor de Deus!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Já disse que não quero nada.
Não me macem, por amor de Deus!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
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