Le Entrevista aos The StoneWolf Band por João Freire

Mesmo à distância não deixo de acompanhar o surgimento de novas e refrescantes bandas em terras lusitanas. Deparei-me com o EP dos The StoneWolf Band (Daybreak) e apaixonei-me à primeira audição. Era exactamente o que precisava. Por qualquer motivo, que nem me preocupei em analisar, fazia-me bater o pé, abanar a cabeça e mexer as ancas. E é só isto que peço de uma música. Que me faça sentir bem. À medida que fui explorando cada música, cada instrumento e cada nota, apercebi-me que queria mais. 

Não terei que esperar muito, visto que o novo single já aí anda. Conheçam então os «The StoneWolf Band». 



Como se juntaram? Expliquem-me como aconteceu a formação da banda e as ideias que tinham à partida.

Através de amigos! Eu estava a tocar sozinho quando me encontrei com o Gonças (percussão) primeiro, e ele conhecia um baixista (Mendes) de outros projetos e naturalmente veio o irmão dele (Sort) para a bateria quando precisamos de baterista. 

E juntámo-nos todos mesmo a tempo para gravar o EP. 

Como se processa o vosso processo criativo? 

Costuma ser eu (Stonewolf) a entrar com a ideia inicial, cordas, melodia e lyrics e depois em conjunto trabalhamos em alterar pormenores da estrutura etc. e também a cena para shows ao vivo.

Quais as vossas influências menos óbvias?

São muitas! Menos óbvias seriam para mim Rage Against the Machine, que até hoje continua a ser dos meus preferidos e que teve grande impacto enquanto teenager. Músicas como «Bombtrack», «Know your enemy» ou «Freedom» e «Bullet in the Head». Também houve outros como os Nirvana, Silverchair, Pearl Jam e Incubus, os anos 90! Que saudades. Curiosamente a minha primeira cassete foi o «Black Album» dos Metallica! Também ouvia muito os Pantera! O Sort (bateria) também curte Manowar que é bastante diferente do nosso estilo.

O vosso EP está presente em várias plataformas. Na evolução musical mais recente, em que as vendas reflectem cada vez menos o valor das bandas, consideram que mesmo assim ainda há espaço para formas convencionais de distribuição? Ou haveria algo que gostassem de experimentar como forma de vos fazer chegar a mais pessoas?

Nós queremos criar uma relação «direct to fan» com os nossos ouvintes, para eles sentirem que fazem parte da banda! Há muitas bandas e labels que tentam fazer o mesmo, mas muitas das vezes o processo demora muito e ficam sem paciência ou dinheiro para continuarem a fazer! 

Muitas vezes tentam-se aproximar dos fãs a pedir para comprar ou partilhar a música deles. Nós queríamos pôr a nossa música onde o maior número de pessoas possa ouvir e começar a seguir-nos na nossa viagem! Se comprarem claro, é sempre um bónus. Nós estamos sempre à procura de novas maneiras de nos aproximarmos das pessoas que realmente apreciam a música e esperamos continuar a encontrar pessoal que nos apoie e fique connosco por muitos anos.

Como vêem Portugal e particularmente Lisboa?

Portugal está sempre a crescer em termos de música, cada vez mais há artistas de alta qualidade e venues do melhor nível, por isso é bom para criar o «buzz» de bandas, para não falar dos excelentes festivais que por aqui passam. Às vezes é pena não investirem tanto nos menos conhecidos, por assim dizer, mas mesmo nesse aspecto está muito melhor do que há uns anos! Há sítios muito fixes para tocar em Lisboa com um crowd que está sempre disposto a ouvir coisas novas.

Qual foi aquela banda que vos fez querer ser músicos?

Temos várias! Mas como muitos da minha idade, foram os Nirvana, das primeiras músicas que aprendi a tocar, foi o riff do «Come as you are». Depois foi Ben Harper com a música «Ground on Down» que abriu a porta para o mundo da slide guitarra, fiquei fascinado com o som. É também sublime! Com a música «Santeria» começou a evoluir o estilo que eu queria para a minha música.

Como vêem a evolução daqui para a frente? Contem-me tudo, digressões, concertos futuros, expectativas. 

Estamos neste momento a trabalhar uma parte importante que ainda não temos. Por razões financeiras, vídeos. Para sair em breve com novas músicas. E vamos tocar em Cascais, de onde somos, uns pequenos gigs, e estamos a planear um concerto mais comprido num grande venue para breve! 

Fiquem atentos x

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