Íamos dedicar este editorial ao desenvolvimento da grande questão
mística enunciada um dia da seguinte maneira: “Mas afinal quem são os
estranhos fulanos que comem aquelas maçãs
ranhosas e assadas, polvilhadas de açúcar, com um pau de canela
espetado à laia de “A Espada era a Lei”?” Mas depois pensámos que devem
ser os mesmos indivíduos que chegam ao mesmo café e pedem um ovo cozido
(que está sempre refastelado numa caminha de sal). Sim, os exactamente
os tipos que chegam ao balcão e mandam vir um “Babá”, uma “Orelha”, um “Claudino”, um “Rim” ou uma “Sogra”.
Aqueles que pedem a mousse de chocolate mesmo sabendo que “caseiro” é
sinónimo de “Alsa”, aqueles que arriscam o Molotof com ar de coisa
criada na Perestroilka. E então decidimos brindar a esses lisboetas
audazes. Sem eles os nossos cafés não tinham mesmo graça nenhuma.
Esta semana esquece as empadas e os croquetes e arrisca qualquer coisa da qual te possas arrepender.
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