Le Entrevista a Michael Santos aka Mikie Wilde por Daniela Catulo
O que mudou na noite de Lisboa nos últimos 10 anos?
Está menos segura, sente-se mais tensão no ar e as pessoas estão mais individualistas. Antes era mais presente o sentido de grupo, de interacção pela música e pelo puro convívio. Hoje também, há qualidade de casas e músicos mas menos profissionalismo e seriedade, qualquer um pode abrir uma casa ou ser artista e isso faz com que por vezes a essência a e a pureza desta profissão se perca.
E o que é ainda se mantém mágico em Lisboa?
A cidade de noite é mágica por si só. Fica ainda mais misteriosa e envolvente. Isso nunca se perde.
4 Da People é o teu nome de produtor, É isso que sentes quando crias música, que é feita para o mundo?
Completamente. A música é de facto a linguagem universal, que liga pessoas de todo o mundo, de culturas distintas, não precisa de tradução ou legendas. E a pessoas são a minha a energia, é para elas que quero passar a mensagem para que a também elas a espalhem, a mensagem do amor, da amizade e harmonia que tanta falta fazem ao nosso mundo.
Se fosses obrigado a parar de tocar e produzir música, o que te imaginarias a fazer?
Cozinhar. Adoro cozinhar, criar novos sabores. Cozinho de tudo, desde o prato mais elaborado, tipicamente português, ao frango de caril até ao simples hambuguer mas sempre com um toque gourmet. Adoro mexer com pratos, afinal!
Como seria o club perfeito em Lisboa?
A zona da cidade não era o mais importante desde que as pessoas tivessem vontade de lá ir e ficar e acima de tudo voltar. Um espaço com a atmosfera do Museu da Electricidade e com um ambiente e uma energia que nos transportasse para os emblemáticos clubes de house da Nova Iorque dos anos 80, como o Garage ou o Loft.
Amanhã o mundo vai acabar, onde queres tocar na tua última noite?
Na Transilvânia, no castelo de Bran, mais conhecido pelo Castelo do Drácula. Ia ser de arrepiar!
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