Le Entrevista a A Mami por Rafa
Se um estranho te perguntasse "qué feito", que lhe dirias?
“Olhe vai s’andando, às vezes sentada, às vezes voando!”
Desmancha lá o puzzle do teu nome, donde brotou o Mami?
Não. Existem várias teorias místicas sobre o tema. São quase todas absurdas e, como tal, devem ser incentivadas.
Foste a editora da Le Cool e debitas texto para os Guias ConVida. E agora, onde dedilhas tu?
Já escrevi para muitos lados e algumas gavetas. Agora, para além dos Guias Lisboa Convida (saem em Novembro) e os clips de Lifestyle Compal do canal FOX LIFE, ando doida com o meu novo alter-ego…
Comenta-me esse projecto que trazes aí na palma da mão, A Arqueolojista, posso contar aí com pérolas genuínas da arte de bem vender e comprar?
A Arqueolojista é melhor que Ferrero Rocher. Adora descobrir lojas e sítios velhinhos, do tempo que o “chefe e a dona eram tu-cá-tu-lá”, nesses dias dourados em que o freguês tinha nome, as coisas custavam “100 mél-reis”, os Evaristos tinham de tudo e dava para “anotar no caderninho” e ir lá pagar no fim do mês. Ainda existem tesourinhos destes por aí escondidos e A Arqueolojista vai coleccioná-los todos.
Tu e Lisboa são... Porquê?
Lisboa é o meu cenário. É a minha crónica crónica. A minha expiração inspirada. Qualquer dia, faço-vos um guia de algibeira para temperarem a velha Alface. Vai ser um catecismo do casticismo. Vão ver.
Escolha múltipla:
A. Viajo porque é fixe.
B. Acrescenta-me, cresço e apareço com letras ainda mais redondas e
maduras. Gosto profundamente.
C. Para sacar fotos porque também fotografo.
A verdade é que as duas velhas psicólogas que me fizeram os testes psicotécnicos não percebiam nada do assunto. Em vez de Jornalista deviam ter dito Viajante. Foi o que eu decidi fazer da vida. A partir de Janeiro a aventura vai ser eterna. Lisboa fica cá à minha espera.
O que te apetece dizer agora mesmo (é proibido comentar crises e políticos, mas prometo publicar seja o que for que digas)?
Quero dizer que não percebo para que é que servem aqueles guardanapos super fininhos que se encontram nos cafés… mas respeito a coisa!
Falámos do agora e o depois, comenta-me projectos ou ideias que tenhas no forno.
Viajar, viver aventuras, morar num hotel e escrever livros como a Beatriz Costa e o Hemmy (eles que até foram amantes, ali no Tivoli).
Agora para fecho disto - sugere-me aí uma tarde-noite-manhã, uma maratona portanto, de Lisboa.
Desembarcamos de noz no Cais das Colunas, atravessamos Alfama até chegar ao meu miradouro (o de Santa Luzia) vamos aos indianos em frente comprar uma bela pomada, pão e queijinhos, fazemos um pôr-do-sol e lusco-fusco digno de loiça das Caldas, passamos pela tasca do Jaime só por causa das favas e dos fados, decidimos ir espreitar o Peep-Show mais aborrecido do mundo ao Animatógrafo, bebemos um xiripiti no Estádio e jantamos um bife na pedra no Cabaças, andamos pelo Bairro digerir o naco, roubamos um cigarro na Loucos e Sonhadores, dizemos uns disparates sobre a Arte e o Conceito, decidimos assaltar a Carpe Diem e fazer uma festa lendária lá dentro, vamos de cana (como acontecia nos filmes portugueses antigos) mas a bófia distrai-se com as princesas do Cais do Sodré e acabamos na Pensão Amor, entretanto a
noite acaba, decidimos ir ver o Sol a nascer no Ginjal e comemos uma Sopa de Cação no Ponto Final, depois vamos dormir para a praia, isto porque é Verão.
É sempre Verão por cá.
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Links
http://on-how-i- fought-in-the-easter-rising.blogspot.com
www.arqueolojista.com
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