O que te inspira a fotografar lisboa?
Aqui já pouco me inspira. Enquanto rebolo pelas mesmas voltas, o fascínio surge já tépido e os lugares amorfos misturam-se comigo. É algo mais denso que me faz querer fotografar Lisboa. Há pequenas fixações que usurpam monumentos entre outras subtilezas que devem ser regadas. É bom destapar a cidade das muitas camadas.
Aqui já pouco me inspira. Enquanto rebolo pelas mesmas voltas, o fascínio surge já tépido e os lugares amorfos misturam-se comigo. É algo mais denso que me faz querer fotografar Lisboa. Há pequenas fixações que usurpam monumentos entre outras subtilezas que devem ser regadas. É bom destapar a cidade das muitas camadas.
O que te puxa mais pelo dedo e pelo olho na lente, pessoas, bairros, detalhes, perspectivas, horizontes?
Gosto de combinações bastardas, do desfocado expressivo e do pouco que enche.
Se pudesses resumir lisboa numa frase, qual é que seria?
Lisboa é feita de pedaços.
Conta-me um pouco sobre ti e como começaste a fotografar.
Os contos sobre mim estão sempre trocados. Deambulei muito até ficar suspenso na fotografia. Numa viagem espreitei inadvertidamente por uns óculos sem contexto. Acabei por largar todas as ideias e deixar o autodidacta perder-se nos erros e na novidade. É um método que vicia porque a frustração tem um ritmo diferente das outras formas de arte. Depois apareceu o hábito.
Releva-me um percurso, um bairro ou uma história engraçada sobre a cidade.
Recomendo nascer no disperso da Apolónia e acabar nos vértices da Estrela. No meio há inúmeras pérolas que não quero enumerar.
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* Originalmente publicado a 8 de Outubro de 2013, na Le Cool Lisboa * 410
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