Chamo-me Leandro Bomfim e sou um artista de
Música Popular Brasileira que prepara toda a sua artilharia de
guitarras, melodias e boas vibrações para conquistar o mercado europeu a
partir de Lisboa. A minha ligação com Portugal está nos meus laços
sanguíneos, mas foi a associação com a produtora portuguesa Coletivo 57
que me trouxe à capital lusa a meio deste ano. Espero que este trânsito
por Lisboa me ponha em contacto com o público indicado. E que a partir
desta cidade encantadora e poética, me projecte a todo o continente
europeu.
Em Lisboa sinto-me como num filme. E ainda que
tenha um problema de visão agudo e persistente, posso notar que o céu, o
brilho da humidade em suspensão e as tonalidades cromáticas, a
diferença com São Paulo é que é uma cidade com uma luz mais branca e
vertical.
Com dois discos debaixo do braço (A Malta e
Leandro Bomfim) e um a chegar em 2011, creio que as condições estão
lançadas para que as minhas aspirações de conquista europeia se
materializem. Depois de tudo, creio que não são muitos que estão a fazer
funk, samba, bossa e jazz numa atmosfera tropicalíssima para conquistar
o continente. Tenho especialidades musicais mas também sou um
generalista. Digo sempre no meu círculo íntimo que conheço artistas que
fazem o que faço melhor do que eu. Mas não conheço ninguém que faça tudo
o que faço.
Considero a minha música e a minha
sensibilidade artística como universais. Talvez por isso procure
desenvolver projectos paralelos na minha carreira como discos para
crianças ou aceitar propostas de artistas de música electrónica para
fazerem remixes das minhas canções.
Eu já sei o que quero desta cidade, mas ainda não sei o que Lisboa quer de mim.