Tupinambo
Tupinambo é Gonçalo Sarmento, que se arma de voz, guitarra e "pé na caixa", para ritmar sons com um pé em África e um joelho bem fincado na Europa. A acompanhá-lo nesta noite de concerto no Crew Hassan renascido, que nem Fénix das cinzas, como Mob, tocam os VJ + DJ Soundclowns.
TUPINAMBO + SOUNDCLOWS | Mob Espaço Associativo | 30 de Março das 23h às 3h
TUPINAMBO + SOUNDCLOWS | Mob Espaço Associativo | 30 de Março das 23h às 3h
Milonga Nocturna
Homem de bom gosto, é noctívago e dançarino. Não será bem assim que segue o axioma, mas adiante. No espaço Sou, organiza-se uma Milonga Nocturna, para a malta que prefere bailar um bom momento, antes de pregar o olho. Serve de substituto bem mexido ao copo de leite quentinho para adormecer. E é bem melhor, convenhamos!
MILONGA NOCTURNA | Espaço Sou | 30 de Março às 21h | 5€ entrada e 7,5€ o jantar*
* Jantar e Tango
com Adam Vucetic
* Jantar e Tango
com Adam Vucetic
Dead Combo Sound Files
Os Dead Combo, Tó Trips e Pedro Gonçalves, fazem uma década de carreira. E para celebrar um decénio tão bem passado que nem acumulou qualquer resquício de verdete - qual envelhecer, qual quê - lançam uma BD e preparam-se para um concerto de celebração.
Este será a 16 de Abril, mas já lá vamos. Aquela, chamada de "Dead Combo Sound Files", é da autoria de ambos os músicos, publicada pela Chiado Editora. O lançamento será a dia 2, no Jardim de Inverno do Teatro Municipal de São Luiz.
DEAD COMBO SOUND FILES | Teatro Municipal São Luiz | 3 de Abril às 19h
Valerio Mastandrea
Valerio Mastandrea, protagonista do filme "Gli Equilibristi" de Ivano Matteo, foi agraciado com a Menção Honrosa do Júri, na 6ª edição da Festa do Cinema Italiano. Complimenti!
Io sono Li
"Io sono Li", de Andrea Segre é o grande vencedor da 6ª edição 8 ½ Festa do Cinema Italiano, arrecadando tanto o Prémio Oficial Rottapharm Madaus, para o melhor filme, como o Prémio do Público, que nesta edição ultrapassou as 11 mil pessoas. É exibido novamente hoje, sexta-feira, 29 de Março, às 21h, no Teatro do Bairro.
IO SONO LI | Teatro do Bairro | 29 de Março às 21h
PASSATEMPO Café Improv
Ganha um bilhete duplo para mais um momento Café Improv. Responde para este email, quais os actores que fazem parte do Café Improv.
CAFÉ IMPROV | Teatro Rápido | 29 de Março às 22h
Junta o teu nome e identificação à resposta.
- PASSATEMPO FECHADO -
- PASSATEMPO FECHADO -
PASSATEMPO Bicho de Pé
Ganha um de dois bilhetes duplos para o concerto de Bicho de Pé na Comuna. Responde para este email, qual o mais recente álbum desta banda e dois nomes de músicos reconhecidos que nele tenham colaborado.
BICHO de PÉ | Teatro da Comuna | 29 de Março às 23h
Junta o teu nome e identificação às respostas.
- PASSATEMPO FECHADO -
- PASSATEMPO FECHADO -
PASSATEMPO Estórias
Ganha um de três bilhetes duplos para a estreia do documentário "Estórias", de João Gomes. Responde para este email, quais as quatro pessoas seguidas de perto no filme.
ESTÓRIAS | Cinema São Jorge | 1 de Abril às 21h30
Junta o teu nome e identificação às respostas.
- PASSATEMPO FECHADO -
- PASSATEMPO FECHADO -
PASSATEMPO FESTin - O Grande Kilapy
Ganha um de cinco bilhetes duplos para "O Grande Kilapy", na sessão de abertura do FESTin. Responde para este email, qual a nacionalidade do realizador e nomeia outros dois fimes realizados por ele.
O GRANDE KILAPY | Cinema São Jorge | 3 de Abril às 21h30
Junta o teu nome e identificação às respostas.
- PASSATEMPO FECHADO -
- PASSATEMPO FECHADO -
Aqueduto das Águas Livres
O Aqueduto das Águas Livres, essa imensa construção hidráulica que viu a luz e a água do dia no reinado de D. João V, reabriu no primeiro dia de Março deste ano de 2013. Obra de mestres como Ludovice, Manuel da Maia, Carlos Mardel e Custódio Vieira, é uma tão complexa rede de obras públicas, que não me entra na cabeça de como nunca a nomearam para Património Mundial da UNESCO! Vá lá, dediquem-se a isso, é merecida a menção. No entretanto, reataram-se as visitas aos passadiços de 941 metros de distância e 65 metros de altura sobre o Vale de Alcântara, que serviram de cenário aos crimes de Diogo Alves e por onde passaram quilolitros de líquido que alimentou Lisboa de água potável durante séculos. / Ana Ema
onde
Aqueduto das Águas Livres, Acesso pela Calçada da Quintinha em Campolide
quando
3ª-sáb entre as 10h e as 17h30
quanto
2€
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* Originalmente publicada a 28 de Março de 2013, na Le Cool Lisboa 385
Le Artista da Capa * 385, Ricardo Filho de Josefina
acender o que nunca foi deixado ao vento lá fora e eu aqui dentro a
morrer de frio.
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* Originalmente publicado a 28 de Março de 2013, na Le Cool Lisboa * 385
morrer de frio.
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* Originalmente publicado a 28 de Março de 2013, na Le Cool Lisboa * 385
Le Capa * 385
por Ricardo Filho de Josefina
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* Originalmente publicado a 28 de Março de 2013, na Le Cool Lisboa * 385
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* Originalmente publicado a 28 de Março de 2013, na Le Cool Lisboa * 385
Le Editorial * 385 por La Cucarafa
O TESOURO LUSO
Sempre de pé sobre o ombro de gigantes, já dizia o Newton. E se Lisboa foi criada da orelha ou da costela direita de Ulisses, esse viajante de sonhos e contos, está ela também muito bem colocada nos ombros de gigantes. São eles sete (ou oito, segundo outras contas) e chamam-se de colinas, cotos de cidade com miradouros no alto, casas nas encostas e muita gente encavalitada a descer e a subi-las ao dia. A ver o eléctrico passar, pejados de turistas e de penduras. Já agora, que tal um eléctrico sound system? A debitar música, calçada acima, trilho abaixo, Alfama adentro? / La Cucarafa
Sempre de pé sobre o ombro de gigantes, já dizia o Newton. E se Lisboa foi criada da orelha ou da costela direita de Ulisses, esse viajante de sonhos e contos, está ela também muito bem colocada nos ombros de gigantes. São eles sete (ou oito, segundo outras contas) e chamam-se de colinas, cotos de cidade com miradouros no alto, casas nas encostas e muita gente encavalitada a descer e a subi-las ao dia. A ver o eléctrico passar, pejados de turistas e de penduras. Já agora, que tal um eléctrico sound system? A debitar música, calçada acima, trilho abaixo, Alfama adentro? / La Cucarafa
O Miguel e o Rafa.El andam em demanda dos melhores Chocos à Lagareiro de Lisboa - alguma sugestão gastronómica? Somos parceiros de comunicação da Festa do Cinema Italiano, do FESTin, do Alfama-te, do Café Improv e da Madame. E gostávamos de ser do Museu de Cera (o Tussauds, não o outro).
Offbeatz
Música e imagem, e alimentam-se as gentes. O Club Offbeatz, o melhor e mais profícuo mostruário da música que pulula em Lisboa, apresenta mais uma sessão musical. A todas as quartas, de entrada gratuita e com vídeos em competição e apresentações ao vivo, eis o momento imperdível de todas as quartas ao Musicbox.
Vídeos em competição: BlackBambi com Postures, Algodão de Carlos Nobre (o Carlão) com Eu Não Sei Quanto te Perdi, Armada com Sinceramente e DJ Ride com Cut the Music.
De seguida tocam Balão de Ferro e Yesterday, para fecho de uma noite boa, como sempre.
OFFBEATZ | Musicbox | Às 22h | Entrada gratuita
Vídeos em competição: BlackBambi com Postures, Algodão de Carlos Nobre (o Carlão) com Eu Não Sei Quanto te Perdi, Armada com Sinceramente e DJ Ride com Cut the Music.
De seguida tocam Balão de Ferro e Yesterday, para fecho de uma noite boa, como sempre.
OFFBEATZ | Musicbox | Às 22h | Entrada gratuita
Exaltino Lopes
Exaltino Lopes, pendura a tempo parcial do
28E. Em dias de chuva agarra-se menos vezes, nos outros dias é topá-lo
em voos rasantes às fachadas da Escolas Gerais. Fiuuu.
Moda Lisboa "Trust" por Pedro Alfacinha
Em março a Moda voltou às passerelles nos Paços do Concelho e no Pátio da Galé, com as novas propostas dos Criadores Portugueses para o próximo Outono/Inverno.
Além dos criadores nacionais apresentou também a sua colecção a criadora polaca Monika Ptaszek, a convite da Moda Lisboa e no âmbito do protocolo estabelecido com a Fashion Week Poland.
O tema escolhido para a 40ª edição foi "Confiança" - "Trust" de forma a homenagear o trabalho desenvolvido pelos nossos criadores numa altura em que tudo está posto em causa. É preciso acreditar nas nossas capacidades, somos capazes de superar as dificuldades que estamos a enfrentar e a Moda tem um papel muito importante como dinamizador social, económico e cultural.
Esta edição foi marcada por uma vasta quantidade de iniciativas e projectos que extravasaram para além dos próprios desfiles das colecções. O motivo para a apresentação das mesmas foi uma maior proximidade e interacção com o público. Tiveram lugar no MUDE - Museu do Design e da Moda, as conferências "Fast Talks/Fashion Today", uma sessão de conversas rápidas que abordaram o modo como a Moda influencia e é influenciada por tudo o que a rodeia.
Igualmente no MUDE, foi exibido o documentário "The Eye Has to Travel" sobre a vida e a obra de Diana Vreeland, a mítica editora das revistas norte-americanas Harper's Bazaar e Vogue. Outra iniciativa teve lugar na Loja da Atalaia com a apresentação do projeto "Art Comes First" , um colectivo de criativos que considera que a Arte vem em primeiro lugar em relação à Moda. Durante os três dias do evento o público pode apreciar o seu gabinete de work in progress a que deram o nome "The Coal".
A fotografia também marcou presença nesta edição com Amaranthine Beleza Intemporal, uma exposição do reconhecido fotógrafo de moda, Carlos Ramos, aberta ao público na Sala do Arquivo nos Paços do Concelho. Também de acesso ao público no Torreão Poente do Terreiro do Paço e durante a duração deste evento, teve lugar uma Pop Up Store, à qual foi dado o nome de Wonder Room - Cabinet of Wonder. Os visitantes do espaço puderam conhecer os trabalhos originais e inovadores de um grupo de criadores, artesãos e artistas industriais nacionais.
O desfile de abertura coube ao designer Valentim Quaresma, que apresentou uma colecção trabalhada sobre materiais não sintéticos, como os couros e cabedais, com um design vagamente de evocação mitológica.
Sábado, dia 9, o sol iluminou a Praça do Comércio para acolher o desfile de Luís Buchinho nas arcadas poente, junto à entrada do Pátio da Galé, onde centenas de lisboetas, entre eles alguns turistas surpreendidos, acorreram para admirar o desfile. A colecção de Buchinho para o outono/inverno de 2014, inspira-se nas cores e cortes de Portugal dos anos 70, onde não faltam as referências aos cravos e ao grafismo político da época.
Na parte da tarde o Pátio da Galé encheu-se de visitantes, convidados e habitués, para assitir aos desfiles de Ricardo Andrez, Saymyname, Aleksandar Protic, Os Burgueses, Pedro Pedro, Alexandra Moura, Nuno Baltazar e Ricardo Preto.
Os desfiles, sempre muito concorridos, demoraram-se até à noitinha. Colecções onde predominaram este ano os tons escuros e terra.
Já no domingo, dia 10, a Sala do Risco, adjacente ao Pátio da Galé, voltou a encher para os grandes desfiles que se adivinhavam. O dia encerrou com a apresentação das propostas de estilistas com os nomes firmados, como Miguel Vieira, Filipe Faísca e Nuno Gama. Mas foi a colecção de Dino Alves que suscitou grande admiração na audiência, pela sobriedade das linhas e tons, onde a elegância dos peças revelou a capacidade inovadora do criador, sem cedências ao imediato ou ao facilmente provocatório.
A Moda Lisboa volta em Outubro com novas propostas e sugestões!
por Pedro Alfacinha
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* Originalmente publicada a 26 de Março de 2013, na Le Cool Lisboa * 384
por Pedro Alfacinha
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* Originalmente publicada a 26 de Março de 2013, na Le Cool Lisboa * 384
Le Entrevista a Ursula Meier por Edna Ladeira
Para os nossos leitores que ainda não conhecem o "Sister" [Irmã], de que trata este filme?
"Sister" conta a história de dois irmãos que se amam, mas que na realidade não conseguem demonstrar esse amor um ao outro.
"Sister" conta a história de dois irmãos que se amam, mas que na realidade não conseguem demonstrar esse amor um ao outro.
Vivem de um modo anarquista, compõem uma família sem princípios porque ele rouba e ela, que é demasiado nova e vive completamente fora das regras da sociedade, não lhe ensina os valores correctos. Eles vivem no vale industrial de uma estância de ski e o rapaz sobe, todos os dias, à estância para roubar material muito caro e voltar a vender para ganhar algum dinheiro. É nessa estância que ele vai encontrar mais do que estava à espera e que vai viver coisas que o vão por em conflito com a irmã… E mais não posso contar… este filme é um conto de fadas sobre o mundo contemporâneo.
Olaia
A olaia ou árvore-de-judas, ou ainda pata-de-vaca (Cercis siliquastrum), é uma árvore nativa do sul da Europa e sudoeste asiático, comum na Península Ibérica, sul de França, Itália, Grécia e Ásia Menor. No início da primavera fica coberta com uma profusão de flores arroxeadas, que aparecem antes das folhas. As flores são comestíveis e podem ser usadas em saladas. Nham nham...
Foto: Blog de Cheiros.
Superhumanos?
A premissa para a conversa "Futuring, Superhumanos?" fica desde logo delineada: "O que melhoraria em si com a ajuda da tecnologia? Serão os humanos 'melhorados' melhores humanos?"
Para melhor alimentar à conferência-debate e à mesa redonda na qual a sessão pivota, outro momento promovido pelo ciclo ar, da Fundação Champalimaud e do "Champalimaud Centre for the Unknown", apresenta-se em antestreia o documentário "Fixed: The Science/Fiction of Human Enhancement" de Regan Brashear.
Para melhor alimentar à conferência-debate e à mesa redonda na qual a sessão pivota, outro momento promovido pelo ciclo ar, da Fundação Champalimaud e do "Champalimaud Centre for the Unknown", apresenta-se em antestreia o documentário "Fixed: The Science/Fiction of Human Enhancement" de Regan Brashear.
Quaiquer dúvidas que surjam, é mesmo comparecer na sessão para as resolver num processo de ir acrescentando mais achas à fogueira. O mais é apenas semeadura de umas quantas questões mais: o polegar oponível terá outro caminho na evolução? Os óculos de pesquisa da Google vão influenciar a visão?Já estivemos mais longe de considerar a cibernética como auxiliar das deficiências humanas?
SUPERHUMANOS? | Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva | 26 de Março às 19h30
Benfica – Torino 4 - 3
O futebol tem coisas que o cinema desconhece. Ou que talvez conheça: bem. Para já, envolve paixões. Depois, é dos poucos desportos que tem deuses vivos (e daqueles deuses já passados e adorados, também). E tem história, muita história.
O futebol e o cinema encontram-se no documentário Benfica - Torino 4-3, de Andrea Ragusa e Nuno Figueiredo, filme que documenta um fatal acidente de avião que custou a vida à equipa de futebol do Grande Torino, após a sua presença em Portugal para um jogo amigável. Na sala, para a apresentação, irão estar o deus Eusébio e vários outros ex-jogadores, jogadores e outros integrantes da história do clube.
BENFICA - TORINO 4-3 | Cinema São Jorge | 24 de Março às 15h15
* A fotos pertence ao Museo del Grande Torino e della Leggenda Granata
O futebol e o cinema encontram-se no documentário Benfica - Torino 4-3, de Andrea Ragusa e Nuno Figueiredo, filme que documenta um fatal acidente de avião que custou a vida à equipa de futebol do Grande Torino, após a sua presença em Portugal para um jogo amigável. Na sala, para a apresentação, irão estar o deus Eusébio e vários outros ex-jogadores, jogadores e outros integrantes da história do clube.
BENFICA - TORINO 4-3 | Cinema São Jorge | 24 de Março às 15h15
* A fotos pertence ao Museo del Grande Torino e della Leggenda Granata
Lateral Bistro
Na arte de bem comer, não há como contar também com um quanto de apresentação para auxiliar ao palato. O Lateral Bistro, que conjuga o saber apresentar ao comer bem, é um sítio que tal. Restaurante caseiro com um decoração moderna, pratos a encher o olhar e a apetecer à digestão nada minimal, é o novo sítio onde comer em Lisboa. Ao almoço apontam-se menus de almoço, com valores simpáticos a jogar entre o menu Lateral - o da casa - e o Focaccia&Burguer.
Se saltita o olho, embala-se a saliva; e entre vinho a copo,
degustam-se pregos do lombo em pão brioche caseiro, comida caseira e
petiscos ao prato, saladas, pratos vegetarianos e o mais que te surja em
desejo e que apareça descrito em carta. / Fauna Maria
Cowork Central
Se é verdade que a união faz a força, não se refere a expressão apenas a trabalhos de grupo. O Coworking, conceito que chegou a força em Lisboa há alguns anos, na forma de um sem número de espaços, permite responder a necessidades de trabalho específicas. Para já, trabalha-se em conjunto, sem que seja a meias. Eliminam-se solitários, trocam-se ideias, partilham-se o tempo, o espaço, as sinergias adjacentes e a logística associada a um espaço de trabalho comum. A Cowork Central, espaço de coworking, é o mais recente e atapeta-se de umas quantas novidades no género. Central, tal como o nome que o apresenta, permite ocupações de dia ou de meio dia, para aqueles que precisam mesmo de um teto de trabalho por algumas horas. / El Rafa
Le Entrevista a João Gomes por Rafa
Na primeira vez que falámos, o cinema preenchia uma parte importante da tua vida, mas surgia acessório. Neste momento, uns quantos anos passados por tabela, já se te assume a função de realizador.
Conta-me lá este teu percurso cinemático.
Para alguns, à arte deve estar anexa uma pureza desinteressada, uma espécie de glorificada diletância precária. Eu acredito profundamente no artista profissional e tenho investido séria e disciplinadamente em aprofundar a minha relação com o cinema para que dele possa um dia viver. Poderei morre a tentar mas morrerei feliz.
Conta-me lá este teu percurso cinemático.
Para alguns, à arte deve estar anexa uma pureza desinteressada, uma espécie de glorificada diletância precária. Eu acredito profundamente no artista profissional e tenho investido séria e disciplinadamente em aprofundar a minha relação com o cinema para que dele possa um dia viver. Poderei morre a tentar mas morrerei feliz.
Depois de "Natália - a Diva Tragicómica", surges com um segundo filme, o "Estórias", onde acompanhas quatro pessoas - não personagens, talvez - relacionadas a Lisboa de uma forma bastante diversa. Que "Estórias" te interessou acompanhar ou contar aqui? Não é também o João Serra, o mítico Senhor do Adeus e uma das pessoas que documentas no filme, ele póprio um elemento um pouco trágico, algo cómico, de Lisboa? E os restantes, são estoriáveis alfacinhas?
No meu primeiro filme, “Natália a Diva Tragicómica” (Real Ficção, RTP2, 2011 - http://nataliaadivatragicomica.blogspot.pt/), tracei um percurso de pinceladas biográficas em torno da diva iludida do canto lírico Natália de Andrade que, acreditando ter dotes vocais fantásticos, era (e é ainda hoje no youtube e outros canais) motivo de escárnio para os que a rodeavam. Há portanto uma afinidade clara entre os dois filmes. Ambos partem de e tentam transcender uma ideia simplificada ou simplista de uma figura que pela sua excentricidade se tornou um facto mediático com ecos póstumos. Ambos já falecidos (Natália em 1989 e João Serra em 2010) mas bem presentes num imaginário urbano lisboeta e português.
Ambas histórias de Lisboa mas ambas universais nos temas que evocam. Mas distingui-los-ia da seguinte forma: com Natália tentei encontrar alguma realidade na ficção permamente que foi a sua vida, com o Senhor do Adeus tento encontrar o que de “ficcional” existe na vida de todos nós. Na medida em que criamos estórias e narrativas pessoais simplificadas para nos apresentarmos aos outros e ao mundo que, pela nossa complexidade intrínseca, nunca nos poderão realmente definir.
Como foi a tua convivência com o João Serra para o filme? Era uma personagem adorável, postal essencial do Saldanha (e Praça de Espanha e os demais sítios onde acenava). Tinha sobretudo uma desarmante honestidade e uma pueril ingenuidade. Era autêntico - quiseste transportar isto para o filme?
Este filme é, para mim, uma iniciativa de puro fascínio. Por algum motivo insondável o caso prendeu-me a atenção. Começa sempre assim, por um apelo insondável. Para clarificar a minha visão propus-me, desde então, a fazer a anatomia desse apelo. Porque me falou tanto a história deste homem e, sobretudo, das histórias que dele se contaram? Quando das homenagens póstumas ouvi falar, tive como primeira e imediata reacção o desdém próprio de alguém que nega (ou precisa de negar) qualquer manifestação de humanidade desinteressada. Uma camada de cinismo muito primária e pouco produtiva.
Mas talvez do calor das míticas histórias de convívio e comunidade rural dos meus pais e da simplicidade de conversas à volta da fogueira tenha ficado também esta idealização mágica que tornava o senhor altamente inspirador. Havia nesse percurso de auto-descoberta que re-equacionar o mito. Ver o Senhor do Adeus a uma nova luz rejeitando dois extremos da retórica dominante.
- Ele não representa, para mim, uma arqueologia do calor humano perdido que a mitologia póstuma lhe atribuiu. Esse é o tipo de simplificação racional que o mito cristaliza para saciar a nossa premente necessidade de “arrumação intelectual”.
- Mas é igualmente redutor vê-lo como o típico “cromo de Lisboa”, um excêntrico com traumas irresolvidos.
Percebi desde cedo que ele é, para mim, uma versão exacerbada de uma muito comum e contemporânea urgência emocional, nunca resumível em nenhuma das duas proposições anteriores. Algo para o qual os contactos fugazes com os transeuntes constituia um fortíssimo elemento paliativo. O que de maravilhoso tem o seu caso é a transparência com que assumia o que muitos de nós escondemos. Nesse sentido o seu exemplo foi de facto poético e invulgarmente inspirador.
O que te fascina no documentário como processo e como máquina de ver o mundo - és um homem com uma máquina de filmar que pretende fixar, dando aquele enquadramento e edição só teus, histórias de vida que te atraem? Confirmas sermos nós, portugueses - vocês, realizadores portugueses - fortes e objetivos no documentário e na etnoficção?
Sem romantizar a magia do processo criativo, é na minha relação profunda com um tema que tudo começa. É o tempo e a reflexão que trazem luz a esse apelo inicial. É aí reside o mapa intrínseco do filme, a sua fonte de coerência.
É um universo desigual. Vejo, para meu desagrado, mais pretensões etnográficas do que etnoficcionais no cinema documental português. Um certo tom de realismo antropológico datado e inconsequente. E depois há filmes como "É na Terra, não é na Lua" e "Linha Vermelha" que são orgulhosamente de outro campeonato: maduros e pensantes... exceções.
E, já que estamos de estreias, lança um convite para que te assistam ao filme no São Jorge. Sem receios de umbiguismo, vem.
Há na televisão uma espécie de esperanto do audiovisual, uma pensamento dominante e global que seca e simplifica o que é complexo. É voraz esta tendência acrítica e a interrogação produtiva perde espaço de dia para dia. O que o "Estórias" faz é convocar o espetador, de cinema e televisão, problematizando. Estão pois convocados!
Cortei deliberadamente qualquer questão relacionada com financiamentos/perspetivas e eteceteras sobre o estado do cinema em Portugal. A mim parece-me que a criatividade encontra caminhos que o momento nem desconfia. Naturalmente que um filme tem custos associados (e necessidades de público e distribuições) que suplantam muito do restante que se vai fazendo na arte.
O que se pode esperar então de João Gomes? Ficção ou um caminho ainda mais vincado de "recoletor" de lisboetas?
O filme fala precisamente de uma malha ficcional de que se tece o nosso quotidiano. Nós apresentamo-nos e representamo-nos ao mundo. Assim se o documentário foi uma porta de entrada e uma forma de ganhar traquejo, é hoje para mim um terreno inesgotável de criatividade. Pululam a minha mente inúmeras ideias para ficções e documentários. É mais que conhecida e batida a diluição pós-moderna da fronteira entre os dois, mas nem por isso menos pertinente e produtiva.
Lisboa. E pegando no caso do Cinema Londres, que até foi o nosso último verdadeiro cinema de bairro e desapareceu agora. Não devemos ficar em luto, mas lamenta-se. O período de nojo já vinha desde há décadas, com o então advento do vídeo, mas a estocada final foi mesmo com nets e cineplexes. Que achas destas mudanças assim? Onde podemos agora assistir cinema em tela?
É uma questão vasta. Li recentemente um livro interessantíssimo de Margarida Acciaiuoli "Os Cinemas de Lisboa". Fala-se nele das sociabilidades comunitárias perdidas. Mas antes do advento da introspeção reflexiva, é descrita a cinefilia como um circo de mimetismos sociais com "aplausos e pateadas" durante as sessões. E são frequentes os períodos históricos de escapismo febril que muitos associam hoje aos multiplexes e afins.
Mas para mim pessoalmente é de facto verdade que os ciclos de atenção do espetador mirraram para lá do suportável. Não sei se respondo à pergunta mas o único sítio onde ainda hoje vejo quem se insurja (e violentamente!) contra sussurros e bichanaços durante as sessões é na Cinemateca... "violência" plenamente justificada.
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* Originalmente publicado a 22 de Março de 2013, na Le Cool Lisboa * 000
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