E lá venho eu falar de tascas e tabernas! Confesso que estou rendida a este novo conceito de restaurante descontraído, de petiscar sem ficar empanturrada, de se poder falar alto sem o vizinho do lado nos olhar de esguelha, de ir de ténis ou de saltos altos que ninguém se importe! Hoje a taberna que vos trago é a Ideal, na Rua da Esperança. E para mim mais Ideal é, pelo facto de estar a poucos metros de casa, as donas serem a simpatia em pessoa, ter uma decoração do mais kitsch que pode haver, ali a bota não bate com a perdigota, mas sentimo-nos em casa, e o mais importante… os petiscos são divinais! Uiii… aquela tiborna de queijo de cabra com mel e alecrim, os ovos com farinheira. E as sobremesas? De morrer… / Teresa Palma Carlos
Holy Crepe
“É um São Francisco Xavier, se faz favor...” Agora que reparo na mesa do lado, iria igualmente bem servido com um Jesus Cristo ou os mais simples São Vicente e São Nicolau. À mesa do Holy Crepe é tudo sagrado, sobretudo os crepes. A massa é à francesa e nada tem a ver com outras que se encontram por aí, prometo. No momento de escolher, há que depositar fé numa das muitas combinações e acreditar que ingredientes que jamais imaginaríamos encontrar juntos dentro de um crepe nos levarão ao céu.
A simpática equipa – de sócios, diga-se - está lá para sugerir aquele sabor especial e decifrar o que escondem os santos nomes. Impossível é comer um só. Fiz como a maioria e saí aviado com um crepe salgado e um doce, à laia de sobremesa. Hei de lá voltar uma e outra vez até ter usado todos os santos nomes em vão. / Cláudio Braga
A simpática equipa – de sócios, diga-se - está lá para sugerir aquele sabor especial e decifrar o que escondem os santos nomes. Impossível é comer um só. Fiz como a maioria e saí aviado com um crepe salgado e um doce, à laia de sobremesa. Hei de lá voltar uma e outra vez até ter usado todos os santos nomes em vão. / Cláudio Braga
Le Entrevista a Filipe Raposo por Francisca Carvalho
No insert do teu disco “First Falls” encontrei uma frase que me chamou à atenção: “algumas descobertas tornam-se parte de nós como cicatrizes na pele”. Como é que, no teu processo criativo, um fragmento, uma impressão, uma página de um livro ou uma imagem de um filme se transmutam numa música?
Quando componho ou toco, há uma tentativa de exteriorizar através da música, imagens poéticas que vou construindo, recolhidas da literatura, colhidas de uma imagem ou até de simples partilhas diárias... são uma espécie de quadros sonoros, que vou desenhando na estrutura formal das minhas composições e improvisações, criando uma espécie de "história" compacta, que se materializa na voz do meu piano.
Neste sentido algumas destas descobertas são tão importantes que se tornam "cicatrizes", no sentido que permanecem na nossa pele, evocando a experiência do impacto da descoberta. Na realidade diariamente somos confrontados com muita informação (por vezes até demasiada informação), no entanto só algumas descobertas se projetam no futuro.
Le Editorial * 359 por Rafa
Lisboa de Selim
O Miguel , a Fauna Maria e Rafa.El até participariam na massa crítica todos os meses, não fosse uma divergência muscular. Isso e as obras do Marquês, que lhes salganhou a destreza geográfica para com a circulação viária pela Avenida. O primeiro queixa-se que bicicleta é sinónimo de Aveiro e de Barcelona e que cada lisboeta merece um funicular pessoal para cada ocasião. A segunda espera é que lhe aforrem as bici partilhadas e apadrinhadas pela JCDecaux. E desespera por isso. O terceiro é militante de 12 quilos dobráveis e só lhe falta subir até ao Castelo e a Rua do Alecrim para se achar um ciclista completo. E é já amanhã. E tu, ciclas?
O Miguel , a Fauna Maria e Rafa.El até participariam na massa crítica todos os meses, não fosse uma divergência muscular. Isso e as obras do Marquês, que lhes salganhou a destreza geográfica para com a circulação viária pela Avenida. O primeiro queixa-se que bicicleta é sinónimo de Aveiro e de Barcelona e que cada lisboeta merece um funicular pessoal para cada ocasião. A segunda espera é que lhe aforrem as bici partilhadas e apadrinhadas pela JCDecaux. E desespera por isso. O terceiro é militante de 12 quilos dobráveis e só lhe falta subir até ao Castelo e a Rua do Alecrim para se achar um ciclista completo. E é já amanhã. E tu, ciclas?
Le Artista da Capa * 359, RAM
Artista Plástico, Designer, Ilustrador, Land Artist e Street Artist. entre muitas outras coisas. Acima de tudo o primeiro artista de Graffiti a acreditar no Sonho de viver desta Arte.
Viajante entre Universos e contador de histórias em paredes e espaços abandonados. já pintei em 33 países diferentes e daí retirei influências visuais que fazem o estilo único no Mundo e que me definem. Psicadélico experimental voo entre momentos e cores. Em Lisboa fui fundador organizador de inumeros eventos relacionados com graffiti e Street-Art e acredito que Lisboa é uma cidade muito melhor quando as pessoas podem ver cor nos prédios abandonados.
Pintava todos os telhados de verdes diferentes e fazia pequenos olhos em todas as antenas parabólicas se me deixassem...
Lisboa um dia volto para ti... e esse dia é hoje.
Foto de RAM por Francisco Seco.
__ __
* Originalmente publicado a 27 de Setembro de 2012, na Le Cool Lisboa * 359
Le Entrevista a João Ferreira por Pedro Alfacinha
O Queer Lisboa vai já na 16ª edição, qual o balanço que é possível fazer?
Olhando para estes 16 anos o festival cresceu, mudou muito. Quando apareceu erao único festival de cinema a acontecer em Lisboa. Estávamos em 1997 e houve uma necessidade de mostrar muitos filmes que tinham sido realizados até aquele ano. As primeiras edições ficaram um pouco marcadas por isso. Nos primeiros anos entrou muito cinema independente como o François Ozon e mesmo os filmes do Almodóvar.
Com a vinda do DOC para Lisboa e com o aparecimento do Indie isso acabou também por transformar um pouco o festival. Teve que se repensar toda a programação porque os filmes acabavam por ficar distribuídos por esses festivais.
Le Editorial * 358 por Rafa
Lisboa, a abandonada
O Miguel , a Fauna Maria e Rafa.El praticam em vida o que Lisboa tem em morte: a arte de derrubar edifícios. Enquanto a cidade se desmonta cada vez menos, pois que agora são os hostels, os hotéis e a ocupação temporária a tomar-lhe as veias, ainda há muito por recuperar e devolver às pessoas. Enquanto tomamos o pulso às cicatrizes da cidade, vamos sonhando. Queremos um prédio só para nós. Para lhe colocar gente, para lhe dar um ar, para lhe fazer um bar, para que tenha uma livraria, para que tenha uma barbearia. Das antigas, à The Man Who Wasn't There.
O Miguel , a Fauna Maria e Rafa.El praticam em vida o que Lisboa tem em morte: a arte de derrubar edifícios. Enquanto a cidade se desmonta cada vez menos, pois que agora são os hostels, os hotéis e a ocupação temporária a tomar-lhe as veias, ainda há muito por recuperar e devolver às pessoas. Enquanto tomamos o pulso às cicatrizes da cidade, vamos sonhando. Queremos um prédio só para nós. Para lhe colocar gente, para lhe dar um ar, para lhe fazer um bar, para que tenha uma livraria, para que tenha uma barbearia. Das antigas, à The Man Who Wasn't There.
Le Artista da Capa * 358, RAM
Artista Plástico, Designer, Ilustrador, Land Artist e Street Artist. entre muitas outras coisas. Acima de tudo o primeiro artista de Graffiti a acreditar no Sonho de viver desta Arte.
Viajante entre Universos e contador de histórias em paredes e espaços abandonados. já pintei em 33 países diferentes e daí retirei influências visuais que fazem o estilo único no Mundo e que me definem. Psicadélico experimental voo entre momentos e cores. Em Lisboa fui fundador organizador de inumeros eventos relacionados com graffiti e Street-Art e acredito que Lisboa é uma cidade muito melhor quando as pessoas podem ver cor nos prédios abandonados.
Pintava todos os telhados de verdes diferentes e fazia pequenos olhos em todas as antenas parabólicas se me deixassem...
Lisboa um dia volto para ti... e esse dia é hoje.
Espreita-me por aqui.
Foto de RAM por Francisco Seco.
Viajante entre Universos e contador de histórias em paredes e espaços abandonados. já pintei em 33 países diferentes e daí retirei influências visuais que fazem o estilo único no Mundo e que me definem. Psicadélico experimental voo entre momentos e cores. Em Lisboa fui fundador organizador de inumeros eventos relacionados com graffiti e Street-Art e acredito que Lisboa é uma cidade muito melhor quando as pessoas podem ver cor nos prédios abandonados.
Pintava todos os telhados de verdes diferentes e fazia pequenos olhos em todas as antenas parabólicas se me deixassem...
Lisboa um dia volto para ti... e esse dia é hoje.
Espreita-me por aqui.
Foto de RAM por Francisco Seco.
Os Tibetanos
Um gentílico assim usado, carinhosamente, com aquele “Os” inicial a denunciar familiaridade e trato fácil, não é comum. E que associemos tal imediatamente às papilas gustativas é muito bom. É sinal de que servir comida é realmente uma das raízes do relacionamento humano, como postula o budismo tibetano. Comida vegetariana, mas nem toda do Tibete - o pitéu pode ser japonês e o vinho português mas o espaço é sempre acolhedor, com um pequeno jardim digno de Xangri-la. Afinal estamos na casa da União Budista Portuguesa, onde se alimenta o espírito com oração, meditação e yoga e onde sabiamente se acolhem estes Tibetanos que saciam (e bem!) outras necessidades humanas mais prosaicas. / Lino Palmeiro
Taberna Tosca
Uma girl’s night out pede boas conversas, muita risota, boa disposição, de preferência regado com bons petiscos. E foram bons petiscos que encontrámos na Taberna Tosca, no Largo de S. Paulo. A comida foi uma bomba de calorias e “castrol”, mas que nos soube tãoooo bem. Ovos mexidos com farinheira, ovos verdes (há anos que não comia e adoro!), salada de polvo, bocadinhos de carne frita (tinha uma nome específico, mas a memória é fraca…), enchidos e queijo maravilhosos! E as sobremesas? Nham nham… Com uma decoração original, um ambiente descontraído e boa comida, vale a pena conhecer as iguarias da Taberna Tosca. / Teresa Palma Carlos
Le Entrevista a Filipe Melo por Rafa
É
quase escusado, mas cá vai uma pergunta da praxe, quem é Filipe Melo e
o que faz - em formato-apresentação para os mais distraídos.
Sou
um tipo de Benfica que toca piano, faz argumentos para banda desenhada
nos tempos livres e, volta e meia, arma-se em realizador de filmes.
Como
conseguem sobreviver tantas facetas numa só pessoa - haverá vezes em
que o realizador se sobrepõe ao músico e ao argumentista, ou a
convivência é pacífica?
A
convivência é bastante pacífica, porque faço uma gestão de tempo
baseada na urgência de cumprir um determinado objetivo - pode ser
terminar uma música, escrever um argumento... Tento sempre não limitar
as coisas que me dão gozo fazer a uma determinada área, embora a que me
ocupe mais tempo é, sem dúvida, a música.
Já pensaste em conduzir um filme de terror que envolvesse jazz? Ou um músico de jazz?
Podes revelar algo dos projetos em que estás envolvido neste momento?
Nunca
pensei em cruzar essas duas vertentes. Jazz e terror, acho que seria
inédito. Normalmente, não gosto muito de cruzar as coisas que faço, a
menos que façam sentido. Aqui há uns tempos, escrevi um filme de
animação que se passava num clube de jazz, mas nunca o consegui
financiar, com grande pena. Mas não era de terror, era assim meio
romântico, meloso... Mas eu gostava da história!
Neste
momento estou completamente dedicado ao piano, vou tocando com vários
grupos e projetos, e estou a terminar o guião do meu terceiro e último
livro de BD "As Fantásticas Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy", para
a Dark Horse Comics.
"Odd Making of -
“Lickanthrope" é a masterclass que apresentas no MOTELx sobre o
videoclip dos Moonspell. Que se pode esperar desse momento (não peço
uma masterclass por aqui, gostava que funcionasse como convite a que te
assistam)?
Na verdade, o videoclip é mais um
pretexto - claro que explicarei como foi feito e contarei as
dificuldades que surgiram, mas gostaria que esta masterclass fosse uma
desculpa para juntar pessoas que se movem nas mesmas áreas que eu
(música, filmes e BD), para uma conversa em que farei o que puder para
as ajudar a concretizar os seus próprios projetos nessas áreas. Será um
enorme prazer partilhar a minha experiência e ouvir e aprender com as
ambições e dúvidas de quem aparecer por lá.
E um
festival como o MOTELx, que se expande e se consolida a cada edição
que passa e que se centra num dos teus gostos - o cinema de terror e o
fantástico - é necessário a Lisboa? O que lhe acrescenta?
Claro
que é necessário. Lisboa precisava do MOTELx, e o número de
espetadores confirma isso. É um motor criativo que motiva e educa a
imaginação das pessoas. Jantar com o John Landis no Ribadouro, ver o
George A. Romero a passear na Avenida da Liberdade - são momentos
inesquecíveis, que nos fazem perceber que alguns nomes sagrados do
terror são pessoas como nós. Fazem-nos ter a ambição de fazer coisas
maravilhosas e inspiram-nos a contar histórias. O papel do MOTELx na
vida cultural lisboeta é único e imprescindível.
Uma
pergunta política - ou, no mínimo, atual. Como realizador, como
encaras a mudança do financiamento quanto à arte cinematográfica?
O panorama atual é uma tragédia. Como o Eugénio Lisboa dizia agora nesta carta ao primeiro ministro: "não
é meu costume nem vocação escrever coisas de cariz político, mais me
inclinando para o pelouro cultural. Mas há momentos em que, mesmo que
não vamos nós ao encontro da política, vem ela, irresistivelmente, ao
nosso encontro. E, então, não há que fugir-lhe."
O
governo, que há muito tinha deixado de ser um aliado das questões
artísticas, tornou-se um verdadeiro inimigo da mesma - atualmente, é
impossível contar com a ajuda do governo para qualquer tipo de projeto
artístico, e as medidas de austeridade impedem o investimento pessoal.
Não creio que achem que a cultura seja útil ou necessária. Quando os
portugueses estiverem completamente derrotados e sem qualquer tipo de
esperança (e está quase a acontecer) pode ser que percebam o contrário,
mas será tarde demais.
E quanto a Lisboa e dado que somos um magazine cultural centrado na cidade, quais os locais que mais te agradam para:
- Um bom susto ou uma saída noturna
O Hotclube de Portugal, na Praça da Alegria.
- Um fim de tarde introspectivo.
Deixei de ter fins de tarde instrospetivos desde o último discurso do Passos Coelho.
- Um passeio com amigos chegados de fora.
Eu diria o Castelo de S. Jorge, mas a última vez que lá fui gamaram-me o telefone. Cautela com isso.
Le Editorial * 357 por Rafa
Lisagna
O Miguel , a Fauna Maria e Rafa.El andam em cozinhados.
Primeiro porque não sabem que contas fazer à vida depois do Primeiro ter falado. É que os cintos aqui não permitem mais furos, mesmo que estejamos bem fit. Depois porque se celebra por aqui a tomatina, é o final da época do tomate e temos quilos e quilos recolhidos da nossa horta. Sim, verdade, também aderimos às hortas comunitárias de Lisboa. O Rafa testa quiches e pomodori secchi, enquanto que a Fauna Maria é mais de doces. Provas daqui?
O Miguel , a Fauna Maria e Rafa.El andam em cozinhados.
Primeiro porque não sabem que contas fazer à vida depois do Primeiro ter falado. É que os cintos aqui não permitem mais furos, mesmo que estejamos bem fit. Depois porque se celebra por aqui a tomatina, é o final da época do tomate e temos quilos e quilos recolhidos da nossa horta. Sim, verdade, também aderimos às hortas comunitárias de Lisboa. O Rafa testa quiches e pomodori secchi, enquanto que a Fauna Maria é mais de doces. Provas daqui?
Le Artista da Capa * 357, Rafa
Lisagna!
Já experimentaste fazer lasagna em casa? Experimenta a minha própria receita: em vez de tiras de lasagna, usa pão cortado em tiras finas e embebidas em azeite. Utiliza somente produtos frescos, faz um molho de tomate com base em refogado de cebola e alho. Entremeia as camadas com muitos legumes e fruta da horta: cebola, tomate, alho francês, gengibre fresco, couve e courgette.
Leva ao forno pré-aquecido durante meia hora e está. Adiciona queijo - pode ser da Ilha ou Palhais, bem fortes e nossos, coentros ou salsa e um toque pimenta rosa ou preta. E está. Prometo um dos teus mais saborosos e suculentos momentos.
Vai a servir com boa companhia e com um copo de vinho Dão de reserva. De preferência com boa vista sobre Lisboa e com luz baixa. Garantido.
_
Imagem por L.
Já experimentaste fazer lasagna em casa? Experimenta a minha própria receita: em vez de tiras de lasagna, usa pão cortado em tiras finas e embebidas em azeite. Utiliza somente produtos frescos, faz um molho de tomate com base em refogado de cebola e alho. Entremeia as camadas com muitos legumes e fruta da horta: cebola, tomate, alho francês, gengibre fresco, couve e courgette.
Leva ao forno pré-aquecido durante meia hora e está. Adiciona queijo - pode ser da Ilha ou Palhais, bem fortes e nossos, coentros ou salsa e um toque pimenta rosa ou preta. E está. Prometo um dos teus mais saborosos e suculentos momentos.
Vai a servir com boa companhia e com um copo de vinho Dão de reserva. De preferência com boa vista sobre Lisboa e com luz baixa. Garantido.
_
Imagem por L.
Le Entrevista a João Costa (Lasers) por Nuno T
João Costa é um portuense que foi dar umas voltas à Holanda e por lá ficou. Dado aos beats e ambiências musicais que transmitem e provocam um estado de espírito contemplativo-espacial. Fã contaminado pelos territórios da "eletrónica do norte" - Eskemo & Boards of Canada diz serem as suas influências.
Talvez esse gosto natural o tenha levado até ao norte da Europa e aí decidido ancorar a sua vida por uns tempos (ou para sempre, quem sabe). Ou talvez tenha sido o contrário, e seja o ADN do próprio João, "homem do norte" como dizemos cá na terra, a quem o Norte sabia a Sul e decidiu "subir" mais um pouco, e então, se tenha apaixonado pelas etéreas quasi oníricas paisagens musicais dessas terras. Mas é um pouco como a questão do ovo e da galinha. Não importa se a João chegou primeiro a música ou o local.
O que importa é que foi em Utrecht que criou o projeto musical LASERS, com o qual editou recentemente o EP homónimo pela Bad Panda Records. Sabe a frio. Sabe a Norte. Sabe àquela fresca magia que nos chega da Europa lá de cima. Só que, desta vez, é um de nós que a faz e que de lá a envia.
Talvez esse gosto natural o tenha levado até ao norte da Europa e aí decidido ancorar a sua vida por uns tempos (ou para sempre, quem sabe). Ou talvez tenha sido o contrário, e seja o ADN do próprio João, "homem do norte" como dizemos cá na terra, a quem o Norte sabia a Sul e decidiu "subir" mais um pouco, e então, se tenha apaixonado pelas etéreas quasi oníricas paisagens musicais dessas terras. Mas é um pouco como a questão do ovo e da galinha. Não importa se a João chegou primeiro a música ou o local.
O que importa é que foi em Utrecht que criou o projeto musical LASERS, com o qual editou recentemente o EP homónimo pela Bad Panda Records. Sabe a frio. Sabe a Norte. Sabe àquela fresca magia que nos chega da Europa lá de cima. Só que, desta vez, é um de nós que a faz e que de lá a envia.
Taberna Moderna
Fomos à Taberna Moderna.
E logo pensei eu: viva a inovação e a criatividade no conceito, que hoje em dia em Lisboa todo o buraco que abre, tem logo o nome de taberna ou tasca ou coisa que o valha. Falei (ou pensei) cedo demais. Em primeiro, esta tasca é uma taberna refinada com direito a sentar o rabiosque em cadeiras Philippe Starck e outros quantos modelos concebidos para a Vitra e com um chandelier que se começa a cobiçar mal se entra. Em segundo, tem um Gin Bar, de seu nome Lisbonita, onde se servem dezenas de espécies de gin. Depois de beber um cítrico copo de Martin Miller’s fiquei rendida a este novo espaço.
Sukhothai
A gastronomia tailandesa tem o seu devido representante nos escaparates da restauração lisboeta. O Sukhothai
- que deve o nome ao reino primordial que gerou o Sião e antecedeu a
Tailândia - é um portento dos sabores do longíquo Oriente.
Afastados que estamos geograficamente, foi o tempo de ligação entre Portugal a Tailândia, que nos foi aproximando. Depois de mergulhar num vinho nacional servido a jeito e duma entrada deliciosa de camarões marinados, eis o principal.
Afastados que estamos geograficamente, foi o tempo de ligação entre Portugal a Tailândia, que nos foi aproximando. Depois de mergulhar num vinho nacional servido a jeito e duma entrada deliciosa de camarões marinados, eis o principal.
Le Editorial * 356 por Rafa
Lisboa e a Oitava Colina
O Miguel , a Fauna Maria e Rafa.El encontram-se em pleno Largo Camões enxameados de calor e vertendo de água tanto como a bebem sedentos. O tempo é mesmo de amarguinhas e de sombra. No pouco espaço que temos de conversa - preferimos parar mesmo - surge a ideia. As ideias.
As tais das sete maravilhas de Portugal deviam é ser as sete colinas de Lisboa, não?
E que tal, depois de tanta estátua a homens e a reis e a pénis análogos, porque não uma referências aos montes que fazem Lisboa. Queremos é um monumento às sete colinas!
O Miguel , a Fauna Maria e Rafa.El encontram-se em pleno Largo Camões enxameados de calor e vertendo de água tanto como a bebem sedentos. O tempo é mesmo de amarguinhas e de sombra. No pouco espaço que temos de conversa - preferimos parar mesmo - surge a ideia. As ideias.
As tais das sete maravilhas de Portugal deviam é ser as sete colinas de Lisboa, não?
E que tal, depois de tanta estátua a homens e a reis e a pénis análogos, porque não uma referências aos montes que fazem Lisboa. Queremos é um monumento às sete colinas!
Le Artista da Capa * 356, João Mel
Retirei de Lisboa uma das suas faces mais visíveis, a sua epiderme de azulejos. Muito antes de Pixelejo, ainda antes de Typo&Tiles e do Recuperarte, o azulejo já se deixava ir preenchendo como calhava nos seus espaços desfalcados. É tão normal - e adoro esse caos - de ir encontrando em Lisboa painéis na fachadas com 2, 3 e 4 tipos diferentes de padrões.
Este instantâneo - de que não me recordo o local, pois foi há tempos, numa dessas deambulações, é puro, é padrão único, é vosso. Já visitaste o magnífico Museu do Azulejo?
Este instantâneo - de que não me recordo o local, pois foi há tempos, numa dessas deambulações, é puro, é padrão único, é vosso. Já visitaste o magnífico Museu do Azulejo?
Subscrever:
Mensagens (Atom)